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Palavra dos Pastores


Povo deseja que seus sacerdotes sejam homens de Deus
 
AUTOR: DOM CLÁUDIO HUMMES, OFM
 
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Em sua mensagem aos padres brasileiros reunidos no 13º Encontro Nacional de Presbíteros, em Itaici, Dom Cláudio os exorta a serem "homens de oração", pois o povo brasileiro está sedento de "homens de Deus".

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Dom Cláudio Hummes, OFM
Prefeito da Congregação para o Clero

O Cura d’Ars dizia que “um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus é o maior tesouro que o Bom Deus possa dar a uma paróquia e uma das dádivas mais preciosas da misericórdia divina”. Ser pastor segundo o coração de Deus, eis o grande desafio para os sacerdotes de todos os tempos, eis o maior tesouro que o nosso Pai poderia oferecer aos fiéis de nossas comunidades.

O sacerdote será Bom Pastor na medida em que, através do exercício cotidiano do seu ministério, se dedicar integralmente a Cristo e, por Ele, com Ele e n’Ele, aos irmãos, em total fidelidade, sempre a exemplo do mesmo Senhor. Por essa razão, o apelo à fidelidade quer recordar a cada um de nós, o feliz dever de renovar os compromissos assumidos, no dia da nossa ordenação, de sermos, de fato, homens pobres, castos, obedientes, fiéis anunciadores do Evangelho, a todos sem exceção, em espírito de verdadeira comunhão eclesial.

O povo brasileiro, sedento de Deus, deseja vivamente que seus sacerdotes sejam homens de Deus. Por sua vez, o sacerdote não se tornará “homem de Deus” se não for “homem de oração”. Assim sendo, na vida do sacerdote a oração e a intimidade com Deus são essenciais e insubstituíveis. A oração na vida do presbítero ou ocupa um lugar central, ou será um belo ideal, distante de ser concretizado.

O Papa Bento XVI, em sua homilia da Quinta?feira Santa de 2006, afirma que “ser sacerdote significa ser homem de oração”. Se o trabalho pastoral não for precedido e acompanhado pela oração, perderá seu valor e sua eficácia. O tempo que empregamos no cultivo da amizade com Cristo, na oração pessoal e litúrgica – concretamente na dedicação de um tempo determinado e cotidiano à meditação e na fiel recitação da Liturgia das Horas -, é um tempo de atividade autenticamente pastoral. Por essa razão, o sacerdote deve ser, sempre, um homem de oração. Não nos iludamos: se falta a oração pessoal na vida do presbítero, sua ação pastoral será estéril e correrá o risco de perder de vista o “primeiro Amor”, ao qual entregou incondicionalmente sua vida, naquele dia memorável e cheio de generosidade, o dia da sua ordenação sacerdotal. […]

Caros irmãos, gostaríamos de exortar?vos, com aquelas mesmas palavras de São Paulo: “Estai sempre alegres. Orai continuamente. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vontade de Deus, em Cristo Jesus, a vosso respeito (…) Que o próprio Deus da paz vos santifique inteiramente, e que todo o vosso ser – o espírito, a alma e o corpo – seja guardado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo!” (I Ts 5, 16?18.23s).

Com estes mesmos sentimentos queremos que continueis a viver o Ano Sacerdotal: sempre alegres, porque grande é o dom da vossa vocação e urgente um novo ardor missionário, a fazer?se presente no coração sacerdotal de cada um de vós. Despedimo?nos, implorando ao Senhor Jesus que vos abençoe e santifique com a Sua graça!

(Excerto da mensagem enviada pelo Cardeal Cláudio Hummes e por Dom Mauro Piacenza, Prefeito e Secretário da Congregação para o Clero, para o 13º Encontro Nacional de Presbíteros, 3/2/2010)

(Revista Arautos do Evangelho, Março/2010, n. 99, p. 40)

 
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