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Virgem Maria


Consolar a Jesus e a Maria
 
AUTOR: LIVRO JACINTA E FRANCISCO PREDILETOS DE MARIA - MONS JOÃO CLÁ
 
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Algumas semanas depois das aparições, atendendo ao conselho de Nossa Senhora de que deviam aprender a ler, as três crianças se matricularam na escola. Com isso, a vida ficou ainda mais complicada, pois a todo momento viam-se incomodados com perguntas indiscretas.

A dificuldade era ainda maior para Francisco. Por mais que se esforçasse, não conseguia pôr atenção nos livros. Na primeira oportunidade, fugia para a Igreja, a fim de visitar “Jesus escondido” no Santíssimo Sacramento. Ajoelhava-se diante do sacrário, fazendo companhia a Nosso Senhor e recitando seus muitos Terços, conforme lhe havia recomendado a Mãe de Deus.

Antes das aparições, o menino sentia dificuldade em rezar, mas já não era assim. Auxiliado pela graça divina, o pequeno pastor abraçara com toda a alma a missão que lhe fora confiada pela Santíssima Virgem. Enquanto Lúcia deveria permanecer na Terra para divulgar a Mensagem, e Jacinta sacrificar-se e rezar pela conversão dos pecadores, tocava a ele a função de consolar Nosso Senhor e Nossa Senhora, pela tristeza que Lhes causavam os pecados cometidos no mundo.

Confortar Nosso Senhor e o Imaculado Coração de Maria: este o ideal que o pastorinho buscou sem cessar, até o momento de sua bela e comovente morte.

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                 Francisco

“Francisco era de poucas palavras”, lembra a prima Lúcia, “e para fazer a sua oração e oferecer os seus sacrifícios, gostava de se ocultar até de Jacinta e de mim. Não poucas vezes o íamos surpreender detrás de uma parede ou de alguma moita, para onde dissimuladamente tinha escapado. De joelhos, rezando, ou pensando, como ele dizia, em Nosso Senhor, triste por causa de tantos pecados”. Se Lúcia lhe perguntava:

– Francisco! Por que não me diz para rezar com você e mais a Jacinta?

– Gosto mais de rezar sozinho, para pensar e consolar a Nosso Senhor, que está tão triste! – respondia ele. Noutra ocasião, já depois das aparições, Lúcia insistiu em saber as preferências do primo:

– Francisco, de que você gosta mais: de consolar Nosso Senhor, ou de converter os pecadores, para que não vão mais almas para o Inferno?

– Gosto mais de consolar Nosso Senhor. Não reparou como Nossa Senhora, ainda no último mês, ficou tão triste, quando disse que não ofendessem a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido?! Eu quero consolar Nosso Senhor e, depois, converter os pecadores, para que não O ofendam mais.

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                       Lúcia

E quando Lúcia ia até ele, amargurada pelas perseguições que sofriam na sua própria família, Francisco procurava animá-la com estas palavras:

– Deixa para lá! Não disse Nossa Senhora que teríamos muito que sofrer, para reparar a Nosso Senhor e o seu Imaculado Coração, de tantos pecados com que são ofendidos? Eles estão tão tristes! Se com estes sofrimentos pudermos consolá-los, já ficamos contentes.

Tal objetivo nunca abandonava o pensamento do pastorinho, nem mesmo nos momentos em que a meditação sobre a infinita glória do Criador o deslumbrava. “Na terceira aparição”, recorda a Irmã Lúcia, “Francisco pareceu ser o que menos se impressionou com a vista do Inferno, embora lhe causasse também uma sensação bastante grande. O que mais o impressionava ou absorvia era Deus, a Santíssima Trindade, naquela luz imensa que nos penetrava no mais íntimo da alma. Depois, dizia:

– Nós estávamos ardendo naquela luz, que é Deus, e não nos queimávamos! Como é Deus! Não se pode dizer! Isto, sim, que a gente nunca pode dizer! Mas que pena Ele estar tão triste!

Se eu pudesse consolá-Lo!…”

(Livro Jacinta e Francisco Prediletos de Maria – Monsenhor João Clá)

 
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