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A matança dos Santos Inocentes
 
AUTOR: REDAÇÃO
 
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Notre-Dame-de-Paris - Paris, Francia
"Levanta, toma o menino e sua mãe, e regressa à terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino"

Ao ver-se enganado pelos magos, Herodes se enfureceu e mandou matar, em Belém e seus arredores, a todos os meninos menores de dois anos, de acordo com a data que os magos lhe haviam indicado. Assim cumpriu-se o que havia sido anunciado pelo profeta Jeremias: “Em Ramá se ouviu uma voz, houve lágrimas e gemidos: é Raquel, que chora seus filhos e não quer que a consolem, porque já não existem”.

Quando morreu Herodes, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, que estava no Egito. Disse-lhe o Anjo: «Levanta, toma o menino e sua mãe, e regressa à terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino». José levantou-se, tomou o menino e a sua mãe, e entrou na terra de Israel. Porém, ao saber que Arquelao reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir ali e, advertido em sonhos, retirou-se para a região da Galileia, onde se estabeleceu em uma cidade chamada Nazaré. Assim cumpriu-se o que havia sido anunciado pelos profetas: “Será chamado Nazareno”.

Matança dos Santos Inocentes

Contudo, no segundo capítulo do Evangelho de São Mateus encontramos a narração das circunstâncias da fuga da Sagrada Família Fuga para o Egito por Giotto..jpgde Belém para o Egito. 

Nesta ocasião, José, o pai adotivo que protegia a vida do Menino Jesus, fugiu levando consigo Maria e seu Filho. Inspirado em sonhos por um Anjo e marchou para o Egito. Lá, segundo a tradição, refugiaram-se durante seis meses no monte Qusqam, sendo acolhidos pelos habitantes da região.

O Egito foi honrado com a presença de Jesus na sua primeira infância junto com sua Mãe Nossa Senhora e o pai São José. Tonou-se assim também uma Terra Santa.

Após algum tempo, finalmente, uma nova aparição do Anjo, em sonho, anuncia a São José a morte de Herodes. A Sagrada Família pode, então retornar para a terra de Israel.

Na narração da fuga da Sagrada Família para o Egito, três versículos (Mt 2,16-18) descrevem a ferocidade do rei Herodes contra santos inocentes. Esse tirano, para matar Jesus, decidiu exterminar todos os meninos de dois anos para baixo que viviam em Belém.

O prelúdio das grandes perseguições dos mártires

Este acontecimento da matança dos Santos inocentes pode ser interpretado como sendo um prelúdio das grandes perseguições dos mártires durante os primeiros séculos. Com a matança de inocentes, Herodes quis sufocar toda possibilidade de perigo que o levasse a perder seu domínio absoluto. E, para ele o Messias representava uma grande ameaça.

São Mateus interpreta a história da matança dos inocentes sob o ponto de vista do plano salvífico de Deus e a entende em um sentido profético como sendo o cumprimento das Escrituras. É por isso o evangelista faz referência ao profeta Jeremias, que se narra o lamento da matriarca Raquel pelo povo de Israel, levado ao exílio na Babilônia: «um grito se ouve em Ramá, pranto e lamentos grandes; é Raquel que chora por seus filhos e recusa o consolo, porque já não vivem» (Mt 2,18; cf. Jr 31,15). Para Mateus, os meninos assassinados em Belém representam o povo de Israel e a dor vivida pelas mães é a dor do povo que não reconheceu o Rei-Messias. (JS)

 

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