Washington (Quinta-feira, 12-05-2011, Gaudium Press) Ainda que as vocações sacerdotais na África estejam florescendo, o continente precisa de pessoal para formar essas vocações. Essa é a constatação de prelados e cardeais africanos, que visitaram recentemente Washington, nos EUA, em busca de auxílio e cooperação neste campo.

Na ocasião, o cardeal tanzaniano Polycarp Pengo disse, por exemplo, que o Seminário Maior de sua cidade, Dar es, Salaam, tem 192 estudantes e apenas 10 formadores. “Naturalmente, a formação não é tão boa”, declarou à agência Catholic News. “Para mim, essa formação é a maior necessidade que temos”.

Cardeal Pengo foi um dos bispos africanos a pedir auxilio à Igreja dos Estados Unidos

O purpurado, que é também presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar, disse que gostaria que professores seminaristas americanos passassem um tempo na África ajudando na formação. E que também desejaria enviar alguns seminaristas para os Estados Unidos, onde poderiam permanecer por um tempo após a graduação enquanto outros retornariam à África para serem professores.

O purpurado Pengo destacou também a importância das universidades católicas, e não apenas como centro de formação, mas também de convivência democrática e pacífica.

O arcebispo Charles Palmer-Buckle, de Accra, Ghana, por sua vez, afirmou que o trabalho de formação na África não pode se concentrar apenas nos sacerdotes e religiosos. “Quando falamos de agentes da evangelização, deveríamos olhar também para a formação da liderança leiga na África, nomeadamente catequistas, professores católicos, políticos católicos, pais católicos… de forma que eles também saibam o que será exigido deles. Particularmente formação em ensinamentos católicos sociais”, afirmou o prelado, ressaltando a importância dessa formação católica de liderança leiga diante da onde de movimentos por mais democracia no continente.

Com informações da Catholic News.