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“A partir do Natal, podemos perceber em tudo que existe, algo de divino”, afirma o arcebispo de Porto Alegre
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 26/12/2013
 
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Porto Alegre – Rio Grande do Sul (Quinta-Feira, 26/12/2013, Gaudium Press) “O evento do Natal é convite vigoroso para ver o ser humano com olhos distintos.” Com essa frase, dom Jaime Spengler, arcebispo da arquidiocese de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, iniciou o seu último artigo, ressaltando que de fato, o próprio Deus se faz carne humana, se deixa envolver pelos panos da fragilidade humana.

Segundo o prelado, no meio da noite, na obscuridade iluminada somente por uma estrela, o Senhor entra no espaço e no tempo, na história. Ele reforçou que Deus se faz visível em um rosto frágil de criança! O arcebispo ainda lembrou que era uma noite de inverno; fazia frio; os pais não encontraram acolhida onde pudessem obter o necessário para com segurança e conforto realizar o parto. Fala-se, conforme dom Jaime, de uma estrebaria, de um cocho de animais, onde boi e burro oferecem o calor necessário para a luz que brilhava na noite.

“O Natal desperta em nós o desejo de paz, de proteção e amor! Isto porque as celebrações natalinas nos levam para um tempo no qual também nós experimentamos a necessidade de paz, proteção e amor. Isto diz de um desejo de viver como criança; diz da restituição da oportunidade de ainda uma vez, a cada ano, nos tornarmos como crianças. Pois, em cada coração humano está latente o desejo de viver como criança, pois a cada criança se quer bem, pelo simples fato de ser criança”, completou.

Dom Jaime também salientou que a bondade que se manifesta no Natal, diz da possibilidade sempre latente de compreender mesmo o que, por vezes, aparece como incompreensível; diz que a fragilidade e a contingência não podem ser desprezadas ou renegadas; diz que a delicadeza e a ternura do evento são expressão de possibilidades novas; diz que toda expressão de vida é destinada a ser boa e não para ser relegada ou destruída; diz que somos e podemos ser seres humanos, mesmo quando a animalidade parece querer se sobrepor; diz que Deus assume o incompleto, o não inteiramente formado, o não ainda adulto.

Por fim, o arcebispo enfatizou que sobre cada ser humano, sobre a existência de cada pessoa brilha uma estrela. Para ele, cada ser humano é convidado a dar ouvidos aos Anjos, a ver o mundo com olhos de anjos. Quanto a isso, o prelado destacou que os céticos certamente argumentariam dizendo que o ser humano não pode dar atenção a anjos, pois a vida é vã.

E, de acordo com dom Jaime, eles têm, de certo modo, razão, não fosse o fato de verem as coisas somente à luz do dia, orientados por um racionalismo exacerbado. O prelado disse ainda que sabemos que existem expressões da vida humana, dimensões da existência humana, que somente vemos com os olhos do coração, marcado pelo ardente desejo de sondar a terra e o céu!

“A partir do Natal, podemos perceber em tudo que existe, algo de divino; algo que fala a cada pessoa humana como palavra de Deus, dirigida a cada um, na sua singularidade; palavra esta que jamais passa”, concluiu. (FB)

 
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