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“A bondade que se manifesta neste período do ano, diz para olharmos o futuro com boas expectativas, alegria e esperança”, afirma o arcebispo de Porto Alegre
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 07/01/2014
 
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Porto Alegre – Rio Grande do Sul (Terça-Feira, 07/01/2014, Gaudium Press) Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, afirmou em seu mais recente artigo, intitulado “O limiar de um novo tempo”, que no período de Natal somos convidados a contemplar o ser humano com olhos distintos, pois, de fato, o próprio Deus se faz carne humana, se deixa envolver pelos panos da fragilidade humana.

O prelado lembra que no meio da noite, na obscuridade iluminada somente por uma estrela, o Senhor entra no espaço e no tempo, na história. Segundo o arcebispo, Jesus se faz visível num rosto frágil de criança, e os seus pais não encontraram acolhida, onde pudessem obter o necessário para com segurança e conforto realizar o parto. Ele afirma ainda que as legendas falam de uma estrebaria, de um cocho de animais, onde boi e burro oferecem o calor necessário para a ‘Luz que brilhava na noite’!

Segundo dom Jaime, o Natal desperta em nós o desejo de paz, de proteção e amor, e isto porque as celebrações natalinas nos levam para um tempo no qual também nós experimentamos a necessidade de paz, proteção e amor. “Isto diz de um desejo de viver como criança; diz da restituição da oportunidade de ainda uma vez, a cada ano, nos tornemos como crianças. Pois, em cada coração humano está latente o desejo de viver como criança, pois a cada criança se quer bem, pelo simples fato de ser criança! A natureza proveu o ser humano com a linguagem da ‘criaturalidade’ que, bem entendida, nos leva necessariamente à bondade”, completa.

Para o arcebispo, as celebrações do Ano Novo se encontram no contexto natalino, e por isso continuamos desejando a quem vamos encontrando votos de um bom, feliz, abençoado ano novo. Ele ainda ressalta que a bondade que se manifesta neste período do ano, diz da possibilidade sempre latente de compreender mesmo o que, por vezes, parece como incompreensível; diz que a fragilidade e a contingência não podem ser desprezadas ou renegadas e diz que a delicadeza e a ternura do evento são expressão de possibilidades novas.

Além disso, continua o prelado, diz que toda expressão de vida é destinada a ser boa e não para ser relegada ou destruída; diz que somos e podemos ser seres humanos, mesmo quando a animalidade parece querer se sobrepor; diz que Deus assume o incompleto, o não inteiramente formado, o não ainda adulto; diz para olharmos o futuro com boas expectativas, alegria e esperança!

“Sobre cada ser humano, sobre a existência de cada pessoa brilha uma estrela. Cada ser humano é convidado a dar ouvidos aos Anjos, a ver o mundo com olhos de anjos! Os céticos certamente argumentariam dizendo que o ser humano não pode dar atenção a anjos, pois a vida é vã! E eles têm, de certo modo, razão, não fosse o fato de verem as coisas somente à luz do dia, orientados por um racionalismo exacerbado. Sabemos existirem dimensões da existência humana, que somente vemos com ‘os olhos do coração’, marcado pelo ardente desejo de sondar a terra e o céu.”

Por fim, dom Jaime destaca que nós sempre celebramos o Natal e a entrada do novo ano com alegria, e a alegria é coisa do coração! Conforme ele, já o senso comum, marcado pelo espírito da técnica se preocupa com a necessidade de nessa época do ano multiplicar oportunidades de prazeres, e o prazer é coisa dos sentidos, marcado pela efemeridade, pelo passageiro.

“Oxalá possa o ano de 2014 ser marcado pela alegria. Alegria esta capaz de sustentar as diversas situações que se imporão no ano vindouro. Alegria que nos dispõe a trabalhar em prol da fraternidade humana. Sabemos que a disposição alegre de trabalhar em prol da fraternidade, haverá de favorecer a construção de uma sociedade caracterizada pela paz. Paz desejada, almejada, querida por todos os homens e mulheres de boa vontade”, conclui. (FB)

 
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