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Papa aos novos Cardeais: a Igreja necessita de sua colaboração, sua coragem no anuncio do Evangelho, sua oração e compaixão
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 24/02/2014
 
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Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 24-02-2014, Gaudium Press) – Desde sábado, dia 22, Festa da Cátedra de Pedro, o Colégio Cardinalício passa a contar com 19 novos membros.

Numa cerimônia tradicional, repleta de símbolos, o Consistório desenvolveu-se no interior da Basílica Vaticana. Pela primeira vez, um Papa Emérito esteve presente durante a celebração do ato de criação de Cardeais.

Dom Pietro Parolin, Secretário de Estado, e ele também um dos novos Cardeais, fez a saudação ao Pontífice em nome dos neo Purpurados.

Diante de todos os membros do Colégio Cardinalício, de autoridades presentes, delegações oficiais e inúmeros fiéis, o Santo Padre fez sua homilia inspirando-se no Evangelho de São Marcos.

Chegando à frase: “Jesus ia à frente deles”, o Papa disse que Jesus caminha também diante de nós: nos precede e abre o caminho para nós. E comentou ainda que “Isto é uma coisa que impressiona nos Evangelhos: Jesus caminha muito e instrui os seus discípulos ao longo do caminho. Isto é importante. Jesus não veio para ensinar uma filosofia, uma ideologia… mas um «caminho», uma estrada que se deve percorrer com Ele.” E esta “esta é a nossa alegria: caminhar com Jesus.”

Caminhar com Jesus, advertiu o Papa, não é fácil, não é cômodo. A estrada escolhida por Jesus é a estrada da cruz, mas disse, “nós sabemos que Jesus venceu e não deveríamos ter medo da cruz, ou melhor, na cruz depositamos a nossa esperança. E, contudo, sendo também nós humanos, pecadores, estamos sujeitos à tentação de pensar à maneira dos homens e não de Deus”.

O Santo Padre continua seu comentário ao Evangelho de São Marcos, falando do modo de pensar mundano: “Se prevalece a mentalidade do mundo, sobrevêm as rivalidades, as invejas, as facções…. Por isso, a Palavra que hoje o Senhor nos dirige é tão “saudável! Nos purifica interiormente, ilumina as nossas consciências e nos ajuda a nos sintonizar plenamente com Jesus, e a fazê-lo juntos, no momento em que o Colégio de Cardeais aumenta com o ingresso de novos membros”.

Dirigindo-se mais especialmente aos novos cardeais o Papa disse que a Igreja necessita deles, de sua colaboração, de sua coragem para anunciar o Evangelho, de sua oração e compaixão, “sobretudo neste momento de dor e de sofrimento em tantos países do mundo”.

O Santo Padre continuou afirmando: “A Igreja precisa de nós também como homens de paz, precisa que façamos a paz com as nossas obras, os nossos desejos, as nossas orações. (…) Caminhemos juntos atrás do Senhor e deixemo-nos cada vez mais convocar por Ele, no meio do povo fiel, da Santa Mãe Igreja”.

Após a homilia, a cerimônia teve prosseguimento com um dos momentos que mais a caracterizam: o Santo Padre nomeou os Cardeais e anunciou a Ordem Presbiteral ou Diaconal a quem elas foram atribuídas.

Em seguida os recém criados Cardeais juraram fidelidade e obediência ao Santo Padre e aos seus sucessores, com a fórmula tradicional tem seu ápice nas palavras: “Prometo e juro permanecer, a partir de agora e para sempre enquanto tiver vida, fiel a Cristo e ao seu Evangelho, constantemente obediente à Santa Apostólica Igreja Romana”.

Foi, então, que cada neo cardeal, de acordo com a ordem da criação, ajoelhou-se diante do Pontífice para receber o solidéu e o barrete vermelhos. Quando da imposição do barrete a cada novo Purpurado, o Santo Padre lembrou lhes que se trata de um símbolo de compromisso onde eles afirmam “estar prontos a agir com fortaleza, até à efusão do sangue, pelo aumento da fé cristã, pela paz e a tranquilidade do povo de Deus e para a liberdade e a propagação da Santa Igreja Romana”.

A entrega do anel que é realizada também nesse momento, é acompanhada de de outras palavras também carregadas de simbolismo e comprometimento: “Recebe o anel das mãos de Pedro e saiba que, com o amor do Príncipe dos Apóstolos, se reforça o teu amor para com a Igreja”.

A cada um dos cardeais é atribuída uma das Igrejas de Roma. Este gesto e feito como um sinal de participação no cuidado pastoral do Papa na cidade. ( O Papa é também Bispo de Roma)

À entrega da Bula de Criação Cardinalícia e do título correspondente a cada um dos novos Purpurados, segue-se troca do abraço de paz entre o novo Cardeal e o Papa.

No encerramento da cerimônia rezou-se um Pai Nosso ao qual seguiu-se a bênção apostólica, seguida de uma antífona a Nossa Senhora. (JSG)

Da redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticano

 
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