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Cuidar dos filhos
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 26/02/2014
 
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Uberaba – Minas Gerais (Quarta-feira, 26-02-2014, Gaudium Press) – “Unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize um verdadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais”: O artigo de Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo de Uberaba, em Minas Gerais, que hoje transcrevemos, contém pensamentos consonantes com as palavras do Papa Francisco ao dirigir-se em carta às famílias de todo o mundo, tendo em vista o Sínodo extraordinário de outubro próximo que tratará da assuntos relacionados com a instituição da Família:

“Podemos dar diversos significados para a palavra “cuidar”, mas aqui ela está direcionada especialmente para os filhos, para aqueles que devem ser assistidos, educados e acompanhados por alguém. Dizemos que Deus, Pai e Mãe, cuida com carinho de seus filhos. Isto acontece, de forma especial, para com os acometidos de sofrimento.
Cuidar dos filhos significa praticar um amor atento e fiel, colocando como preocupação primeira a educação para a vida de cidadania, de responsabilidade e capacidade para o enfrentamento das exigências da sociedade. Não podemos desprezar os princípios da fé, capazes de construir uma espiritualidade necessária para o bem viver nos novos tempos.

Sabemos dos desafios enfrentados pelos pais no processo da educação. “Palavras não convencem”, principalmente quando não são confirmadas pelo testemunho concreto de vida. A tendência é seguir as influências que chegam de fora do lar. É o caso da mídia, colocando os pais numa situação caracterizada como “sem saída”.

No caminhar da história, os compromissos familiares vão se diluindo, necessitando de um “ecoar novo” da Palavra de Deus. Até parece que Deus abandonou a família, ou é a humanidade que se distanciou dos ensinamentos divinos. Os pais devem ter ternura para com aqueles que são frutos de suas entranhas.

Para o cuidado dos filhos, os educadores têm que abrir mão de “formas” que não falam mais. O mundo mudou, mas o amor deve conservar sua identidade e continuar sendo doação e esvaziamento para fazer o outro feliz. Os pais são os administradores dos mistérios de Deus, destacando o dom da benção para os filhos.

Pais e filhos necessitam de coerência e autenticidade. Não só usarem da sabedoria humana, mas também a de Deus para harmonizar a convivência. Com isto, o cuidado deve ser de ambos os lados sem se deixarem levar por ideologias do momento. Não podem faltar a fraternidade e a justiça, como diz a Escritura:

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6, 33).

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba

 
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