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As “Cinzas” e o “pó” nas Sagradas Escrituras
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 05/03/2014
 
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Redação (Quarta-feira, 05-03-2014, Gaudium Press) A Quaresma, tempo de penitência e de preparação para a Páscoa da Ressurreição, é iniciada pela quarta-feira de cinzas. Nesse período litúrgico muito se ouve falar sobre “cinzas” e “pó”.

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O uso destes dois termos, para expressar a dor e a penitência, já era feito mesmo antes do cristianismo. O costume de se usar vestes penitenciais e de cobrir a cabeça com cinzas, exprimindo dor, luto e em sinal de penitência, foi algo comum na antiguidade.

Nas Sagradas Escrituras encontramos diversas passagens que apresentam as “cinzas” e o “pó”. Logo no primeiro livro da Bíblia está escrito que “Deus formou o homem com o pó da terra” (Gn 2, 7), e logo depois vem o alerta “tu es pó e em pó te hás de tornar” (Gn 3, 19).

Ainda no livro do Gênesis, nos deparamos com o Patriarca Abraão, que, confessando a Deus a consciência de seu ser limitado e frágil, diz: “Apesar de eu ser apenas pó e cinza, atrevo-me, Senhor, a convosco falar” (Gn 18, 27). E isso se prolonga por toda a história de Israel.

O livro dos Salmos recorda que “pó e cinza são todos os homens” (Sl 17, 32), e que “todos morrem e voltam ao pó” (Sl 104, 29).

E o Eclesiastes reforça: “…todos caminham na mesma direção e meta: todos saíram do pó e todos voltarão ao pó” (Ecl 3, 20).

Na História Sagrada essas expressões também são utilizadas. Assim, os israelitas, que imploravam o auxílio Divino contra Holofernes, colocaram “cinza sobre a cabeça” (Jdt 4, 16).

E Jó manifestou sua contrição a Deus arrependendo-se “no pó e na cinza” (Jó 42, 6).

Já no Novo Testamento, Nosso Senhor Jesus Cristo, referindo-se às cidades de Corazin e Betsaida, fez alusão a esse costume do mundo oriental: “Se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito tempo se teriam convertido, vestindo-se de cilícios e cobrindo-se de pó” (Mt 11, 21).

Que esses trechos das Sagradas Escrituras nos sirvam de reflexão para esse longo período de recolhimento e penitência que foram iniciados nesta quarta-feira de cinzas.

Por Emílio Portugal Coutinho

 
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