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“A Quaresma é, para um cristão, um grande retiro espiritual”, diz Primaz do Brasil à Gaudium Press
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 09/04/2014
 
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Salvador – Bahia (Quarta-feira, 09-04-2014, Gaudium Press) Colocar-se diante do Senhor para ouvi-lo, pois a Quaresma “é tempo de escuta”, é o que considera fundamental neste período litúrgico o Arcebispo de Salvador, na Bahia, e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, que concedeu uma entrevista exclusiva à Gaudium Press nesta semana.

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1º Foto: Arcebispo Dom Murilo Krieger
| Foto: Arquidiocese de Salvador

Dom Krieger afirmou a nossa redação que “a Quaresma é, para um cristão, um grande retiro espiritual”.

“É um convite para ouvir, dirigida a si, a proposta que Jesus Cristo fez no início de sua pregação: ‘Chegou para vós o Reino de Deus! Convertei-vos e crede no Evangelho!'”, disse.

O Arcebispo acredita que “Jesus quer nos propor não a mudança de alguns comportamentos, mas uma reviravolta em nossa vida, uma mudança radical”, querendo que nossa vida tenha um foco n’Ele mesmo, “Caminho, verdade e vida”.

“Escutar o Senhor sempre foi difícil”, continuou, mas, o primeiro mandamento que Ele nos dá é justamente o de escutá-lo, pois, Deus “nos fala por sua Palavra, pela Igreja, pelos acontecimentos, pelas necessidades dos irmãos e irmãs e na consciência.

“Escutando-o e confrontando a Sua vontade com nossa vida, viveremos uma riquíssima Quaresma”, aconselhou.

Quando perguntado sobre quais são os projetos e a programação da Igreja de Salvador para seus fiéis, Dom Krieger revelou que a Arquidiocese “procura fazer para seus fiéis o que toda a Igreja faz: multiplicar apelos, fazer convites de renovação e conversão, incentivar a prática do jejum e da abstinência”.

Entre as atividades direcionadas para este tempo quaresmal, foi a realização da Caminhada Penitencial, que acontece sempre no terceiro domingo da Quaresma. Neste ano, relatou o Primaz, o evento reuniu cerca de 150 mil fiéis em um clima de penitência e oração, durante a caminhada de aproximadamente sete quilômetros da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia até o Santuário do Senhor do Bonfim, sendo esta, “uma belíssima demonstração de Fé, de amor e penitência”.

Sobre sua opinião acerca dos retiros espirituais promovidos pelas paróquias e comunidades do Brasil, o prelado analisa a realização dos encontros como “ocasiões privilegiadas para um confronto da pessoa com a vontade de Deus”, pois muitas delas mudaram e mudam radicalmente de vida ao participarem de retiros.

O primeiro ano de Pontificado do Papa e a canonização de Anchieta

Essas duas perguntas, o primeiro ano de Pontificado do Papa Francisco e a canonização de São José de Anchieta também foram lembrados por Dom Krieger durante a entrevista.

O primeiro assunto, o Arcebispo observou:

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“Evangelizar é entrar na vida do outro, para
lhe falar numa linguagem compreensível; é
dedicar-se de forma entusiasta à causa
de Jesus Cristo”, Dom Krieger
| Foto: André Machado

“Este primeiro ano do Pontificado do Papa Francisco foi um forte convite para buscarmos a simplicidade e a missionariedade. Se escutarmos seus apelos, teremos uma Igreja mais simples, mais dedicada aos pobres e mais missionária. Seguramente, é isso que o mundo de hoje mais precisa e espera”, afirmou.

Já o segundo, a canonização do “Apóstolo do Brasil”, o Primaz reforçou que a figura de Anchieta passará a ter maior destaque após seu reconhecimento pela Igreja como Santo.

Segundo Dom Krieger, em seu trabalho evangelizador, São José de Anchieta fazia o uso de métodos considerados atuais, pois, nos dias de hoje, “evangelizar é entrar na vida do outro, para lhe falar numa linguagem compreensível; é dedicar-se de forma entusiasta à causa de Jesus Cristo”; e “ser criativo, não aceitando o acomodamento ou a repetição de gestos ‘porque todo mundo faz assim'”.

“Anchieta comprova o que ouvi, um dia, de um bispo colombiano: ‘Nenhum santo fracassou na pastoral!'”, contou.

Mensagem quaresmal do Primaz do Brasil

Chegando no final da entrevista, Dom Krieger deixou uma mensagem de esperança e Fé para aqueles que acreditam no tempo da Quaresma como o período de conversão, reflexão e oportunidade para reconciliação com Jesus:

“Na Quaresma, Jesus Cristo passa em seus caminhos, meus irmãos e irmãs, convidando-os a segui-lo de perto, de forma alegre e radical. Lembrem-se do que dizia Santo Agostinho; ‘Eu tenho medo de Cristo que passa e não volta!’ Aproveite, pois, intensamente, este tempo de graça”, concluiu.

Por Leandro Massoni Ilhéu

 
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