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“A Paixão de Jesus é prova do Amor supremo”, diz bispo de Frederico Westphalen
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 14/04/2014
 
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Frederico Westphalen – Rio Grande do Sul (Segunda-Feira, 14/04/2014, Gaudium Press) Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo da diocese de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, refletIu em seu último artigo sobre o domingo de Ramos, que mostra o triunfo de Cristo pela cruz, o triunfo pela humildade. Ele afirma que, com toda a clareza possível, Jesus desfaz o sonho triunfalista dos seus conterrâneos.

De acordo com o prelado, o povo da época esperava um rei que se apresentasse revestido de glória e poder, que viria restaurar a grandeza e o esplendor perdidos de Israel, reduzindo as nações vizinhas à sua obediência. Na prática, o bispo afirma que era isto que esperavam: quando Pedro ouve Jesus falar da Sua paixão, chama-O à parte, para o demover deste propósito; a mãe dos filhos de Zebedeu pede para eles um lugar de relevo no reino; e Jesus surpreende os Apóstolos discutindo entre si qual deles era o maior, o mais importante no reino.

“Não é também este o sonho que muitas vezes acalentamos acerca da situação da Igreja no mundo? Não estamos à espera de triunfalismos dela que reduzam ao silêncio os seus adversários, enquanto, de fora, contemplamos e aplaudimos, felizes, a vitória dela? No falamos com tanta frequência no triunfo com um simples sabor mundano?”, questiona.

Segundo dom Antônio, Jesus apresenta-se humildemente montado num jumentinho, e não em um luxuoso cavalo; não ostenta quaisquer insígnias que lembrem a sua realeza; vem, como sempre, revestido de simplicidade e humildade e pede que a Igreja o imite.

Ele ainda recorda que a 1ª Leitura do Domingo de Ramos apresentou o Servo do Yhaveh ? figura do Messias profetizado ? triunfando pelo sofrimento, pela paciência e pela mansidão. Conforme o bispo, ele não trava com ninguém uma luta corpo a corpo, porque não é este o caminho que o Pai escolheu; ele alcançará o triunfo pelo amor sem limites.

“Com toda a paciência, sem voltar o rosto, desarma os Seus adversários, que esperavam enfrentar dificuldades. O seu ouvido atento vai recolhendo o que o Senhor lhe manda. Nós, porém, somos tentados a fazer da fuga a tudo o que exige de nós sacrifício o ideal da nossa vida e uma tática de combate. Por este caminho não chegaríamos nunca, com Jesus Cristo, ao Calvário e, por ele, à glorificação eterna”, analisa o prelado.

Além disso, dom Antônio ressalta que a fidelidade é a grande lição do caminho da Cruz. Ao terminá-lo, Jesus pode exclamar: “Tudo está consumado”. Para o bispo, tal como fora profetizado no servo de Yhaveh, Jesus não volta o rosto para se esquivar aos golpes, não se retrai perante o sofrimento, mas leva até ao fim, com divina fidelidade, os desígnios do Pai.

Por fim, o prelado destaca que este caminhar segundo a vontade de Deus, sem desvios nem paragens nos deveres, sem recuos, também quando a fidelidade não é aplaudida, é o ideal cristão. Ele enfatiza que a mensagem da Paixão de Jesus tem uma atualidade especial para os nossos dias em que muitos sonham com um cristianismo sem renúncias, sem mandamentos nem dificuldades.

“A Paixão de Jesus é prova do Amor supremo. Perante o desconcerto dos Apóstolos, dos discípulos e também do nosso, Jesus entrega-se à Paixão e Morte. É a passagem obrigatória pelo túnel que dá para a glorificação final, pela Ressurreição”, conclui. (FB)

 
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