Santa Cruz do Sul – Rio Grande do Sul (Quarta-Feira, 23/04/2014, Gaudium Press) “Morrer e Ressuscitar com Cristo” é o título do artigo de dom Canísio Klaus, bispo da diocese de Santa Cruz do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul. Nele, o prelado afirma que o centro da fé cristã está assentado na proclamação da ressurreição de Jesus Cristo: “Aquele que conduz à vida, vós o matastes, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disto nós somos testemunhas” (At 3,15).
O bispo recorda que São Paulo, falando aos Coríntios, disse que “se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação e vazia é também a nossa fé” (1 Cor 15,14). Para dom Canísio, é por isso que só pode ser considerada cristã a pessoa que professa a fé no Cristo ressuscitado. “E não é verdadeiramente cristã a pessoa que apenas admira Jesus como um grande líder da humanidade, ou a pessoa que prega que Jesus Ressuscitado é uma forma de reencarnação”, completa.
Ele ainda cita o Catecismo da Igreja Católica (n. 638): “A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo, crida e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, juntamente com a Cruz pregada como parte essencial do Mistério Pascal”.
Outra aspecto abordado pelo prelado é que antes de Jesus Cristo ressuscitar, Ele teve que enfrentar o martírio da cruz. Segundo dom Canísio, assim também nós, para chegarmos a um mundo de plena fraternidade e livre das explorações, precisamos passar pela cruz da renúncia e dos sacrifícios. “É a quaresma que antecede a Páscoa. É a morte que prepara a Ressurreição.”
Além disso, o bispo salienta que assim como Jesus Cristo passou da morte para a vida através da ressurreição, também nós somos chamados a ressuscitar para a vida eterna. “Se morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele” (Rm 6,8). Para dom Canísio, conforme nos ensinou a Campanha da Fraternidade, precisamos deixar para trás aquilo que nos prende ao mundo do egoísmo e do pecado e iniciar novas relações de fraternidade e graça.
“Precisamos deixar de lado as práticas que tendem a mercantilizar as pessoas ou a usá-las como meio de promoção pessoal e passar a nos relacionar com elas em sua dignidade de filhos e filhas de Deus. Deixar de lado as práticas que favorecem a exploração das pessoas e motivam o crime organizado e adotar práticas de irmandade e ações que sejam plenamente legais. Deixar de lado tudo aquilo que possa ter qualquer conotação de escravidão e subjugação e adotar práticas que promovam a plena liberdade das pessoas”, avalia o prelado.
Por fim, dom Canísio espera que as celebrações da Quinta-feira Santa e da Sexta-feira Santa tenham sido vividas com profundo sentimento de fé e piedade, pois somente desta forma nossos corações estariam preparados para a grande celebração da Vigília Pascal, quando celebramos a Ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos. “Feliz e abençoada Páscoa a vocês, irmãs e irmãos em Cristo”, conclui. (FB)
