Hanoi – Vietnã (Quarta-feira, 23-07-2014, Gaudium Press) “Viver uma vida debaixo do sinal da Fé e ser dignos descendentes dos mártires vietnamitas” é o lema que um grupo de jovens do Vietnã levarão ao encontro com o Papa Francisco na Jornada Asiática da Juventude na Coreia do Sul. Assim o explicou a Asia News o Presidente da Comissão para a Pastoral Juvenil do Vietnã, Dom Joseph Vu Van Thien, que descreveu o ambiente de preparação para a primeira visita apostólica do Santo Padre a Ásia.
“Nossa delegação para a Jornada Asiática da Juventude estará composta por 30 jovens”, explicou Dom Van Thien, que refletiu sobre o tema do encontro: “Jovens da Ásia, Despertem! A glória dos mártires brilha sobre vocês”. “Como a Igreja do Vietnã, também a coreana verteu sangue pela Fé. E este sangue demonstra nossa lealdade: esperemos que eles (os jovens) sejam dignos descendentes dos mártires”.
Ambas nações compartilham uma história de Fé cimentada sobre o martírio, tanto na chegada do Evangelho como produto das revoluções no século XX. Tanto Vietnã como Coreia foram divididos por causa do surgimento do comunismo e em ambas nações se tentou extinguir a presença cristã. No caso da Coreia, a divisão persiste e a Igreja foi perseguida e expulsa do território comunista onde não existe liberdade religiosa, mas pode manter seu apostolado em liberdade na Coreia do Sul. Vietnã foi, pelo contrário, reunificado sob o regime comunista em 1975 e os crentes sofreram a perseguição e a marginalização em todo o país, ressurgindo de maneira paulatina e recuperando a liberdade religiosa em um lento processo caracterizado pelo extraordinário crescimento da Fé cristã em meio de um entorno ainda difícil para a Igreja.
“Estamos orgulhosos de ser católicos, e temos que trabalhar juntos para levar o amor de Jesus a sociedade contemporânea”, expressou Dom Van Thien sobre este testemunho. “A Igreja na Coreia do Sul é conhecida pela ativa participação dos leigos na missão católica. Justamente como nossa Igreja vietnamita, também nossos irmãos coreanos sofreram perseguições cruéis”, acrescentou. “E o sangue dos mártires foi vertido para demonstrar a lealdade da comunidade cristã”.
O Padre John Quang Viet, secretário geral da Comissão, declarou a Asia News que os jovens vietnamitas assumem sua identidade como uma parte, um “membro ativo da juventude católica asiática. Somos membros da mesma família”, expressou. “Iremos a Coreia para dar ao Papa Francisco as boas vindas mais calorosas: Ele é nosso pai comum!”.
O sacerdote explicou que os jovens compõem um 54% do total de católicos no Vietnã, estimado em uns sete milhões de fiéis. Estes jovens enfrentam problemáticas duras como o deslocamento interno, que os separa de sua família e de suas comunidades católicas locais. Estes desafios demandam da Igreja um marcado compromisso: “Devemos ajudar aos nossos jovens a via à Igreja, a aproximar-se com regularidade dos sacramentos”, explicou. “Se os jovens não são preparados no espírito, então os desafios da sociedade moderna os privaram de tantas coisas positivas. A Fé ajudará a eles a orientar-se, elegendo a direção melhor para o futuro”. (GPE/EPC)
