Cidade do Vaticano (Terça-feira, 12-08-2014, Gaudium Press) Em 1959, no dia 16 de novembro, o Papa João XXIII -canonizado no dia 27 de abril de 2014- instituiu a Filmoteca Vaticana com o propósito de conservar e recolher as fitas cinematográficas que falaram sobre a vida da Igreja e o Papado. Atualmente o arquivo alberga mais de 7 mil títulos, muitos dos quais são verdadeiros tesouros para a história da Igreja Católica. 

Assim o considera Claudia Di Giovanni, diretora da Filmoteca Vaticana, que em entrevista para a Rome Reports destaca a visão que teve São João XXIII ao criar esta instituição: “Em nossa opinião, teve uma incrível visão de futuro ao pensar que haveria imagens importantes para a vida da Igreja que seria necessário conservar. E a Filmoteca nasce com essa vocação, a de recompilar todas as imagens filmadas sobre a vida da Igreja, os Papas e os missionários”.

Entre os mais importantes tesouros que resguarda está precisamente a primeira gravação cinematográfica de um pontífice, como o explica Di Giovanni: “A películoa mais antiga que temos é uma de 1896 do Papa Leão XIII nos jardins vaticanos. É a primeira imagem de um Papa impressa sobre película. Também temos uma das poucas cópias originais do Ben-Hur”.

Além do Papa Leão XIII, a filmoteca custodia como um verdadeiro tesouro as imagens do Concílio Vaticano II, assim como as atividades dos Papas João XXIII e Paulo VI. Também conta com a única cópia do filme “O inferno” baseada na obra “A Divina Comédia” de Dante, que foi produzida em 1911 pela legendária Helios Film de Vellerti, e onde se utilizaram pela primeira vez os efeitos especiais.

Além de conservar fitas de importância, a Filmoteca também conta com uma sala de cinema profissional com 50 assentos, que está localizada no palácio São Carlos. (GPE/EPC)