Santiago – Chile (Sexta-feira, 19-09-2014, Gaudium Press) O Arcebispo de Santiago, Cardeal Ricardo Ezzati, foi até a comunidade de Maipú, uma das mais populares da capital, para inaugurar a nova paróquia Mãe dos Apóstolos. Durante a celebração eucarística, o prelado leu o Decreto 338 da Arquidiocese que dá vida oficialmente a esta nova comunidade paroquial, que estará sob a responsabilidade do sacerdote Hernán Álvarez, de nacionalidade peruana e pertencente à Sociedade de Vida Apostólica Sodalício de Vida Cristã.

Na oportunidade, o novo pároco expressou sua alegria por este acontecimento, “muito importante para todos nós, porque Deus nos confia um território concreto, com gente de carne e osso, que nos exige sair de nós mesmos para poder anunciar ao Senhor, levar a alegria do Evangelho”. Por sua vez, o Pastor de Santiago agradeceu a Deus pelo dom de uma nova paróquia para a Arquidiocese, a família do Sodalício de Vida Cristã por sua presença pastoral, e a todos os fiéis, “comprometidos para que, com suas vidas e sua contribuição, o nome do Senhor seja glorificado neste lugar”.

Um chamado ao perdão e a reconciliação

Comentando o Evangelho dominical, o Arcebispo disse aos presentes que “os cristãos estão chamados a perdoar, a tirar de seus corações as raízes da discórdia, a desunião, a raiva que muitas vezes sentimos contra nossos irmãos. Perdoar até sete vezes? A resposta de Jesus vai por outro caminho: não até sete vezes, mas até setenta vezes sete, quer dizer, sempre. Por que sempre? Porque Deus nos perdoou todas as vezes que caímos no pecado, no abandono de Deus, no abandono de nossos deveres e de nossa dignidade de filhos de Deus. Deus sempre é misericordioso e sempre perdoa. Como temos que perdoar? Como Deus nos perdoa”.

O Cardeal Ezzati recordou que houveram momentos em que se disse no país “primeiro justiça e depois perdão”, mas que São Paulo enfatizou que Jesus Cristo nos perdoou ainda sendo pecadores. “Justiça e perdão caminham sempre juntos. Não é cristão pensar que primeiro tem que atuar a justiça para depois ter o perdão. Ser cristão, atuar como Deus quer, é dar o perdão generosamente, porque o perdão já é fonte de justiça, e buscar a justiça oferecendo desde o começo o perdão de nosso coração. O perdão é sempre fonte de vida nova”, destacou.

Finalmente sustentou: “Um país que não sabe reconciliar-se, que não sabe oferecer o perdão, é um país que sempre vai viver no ódio, no rancor, porque o não perdoar alimenta o rancor, aumenta as distâncias (…) Nenhum de nós, ainda que tenha cometido os erros mais graves da vida, pode pensar que não é digno do perdão de Deus, porque Ele sempre nos perdoa, inclusive esquecendo nossas ofensas”. (GPE/EPC)