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“Precisamos assumir os pensamentos de Deus”, diz o Bispo do Paraná
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 19/09/2014
 
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Cornélio Procópio – Paraná (Sexta-Feira, 19/09/2014, Gaudium Press) Dom Manoel João Francisco, Bispo da Diocese de Cornélio Procópio, no Paraná, escreveu um artigo abordando a Liturgia da Palavra do próximo domingo, dia 21 de setembro. Ele afirma que os textos bíblicos previstos para serem proclamados tanto nas celebrações da missa, quanto nas celebrações da Palavra, alertam-nos em relação ao cuidado que devemos ter para não exigir que Deus pense como nós, seres humanos.

Segundo o Prelado, o contrário é que deve acontecer, pois todos nós temos necessidade de conversão, precisamos deixar de lado nosso modo humano de pensar para assumir os pensamentos de Deus, totalmente diferentes dos nossos, para não dizer opostos.

O Bispo destaca que no Evangelho deste domingo Jesus compara o Reino dos céus com um proprietário que contratou trabalhadores para a sua vinha em diversos horários do dia: de manhã bem cedo, pelas 9h, ao meio dia, pelas 15h, e ao entardecer. No fim do dia, pagou a mesma quantia a todos: começou pelos que tinham sido contratados à tardinha e terminou com os que tinham sido contratados de manhã cedo.

Já na primeira leitura, de acordo com Dom Manoel, o profeta Isaías nos lembra que os pensamentos e os caminhos de Deus não são nossos pensamentos nem nossos caminhos. Para ele, os pensamentos e os caminhos de Deus estão tão distantes dos nossos quanto o céu está acima da terra

O prelado cita alguns comentários do Padre Gustavo Gutierrez sobre estes textos bíblicos: “Os operários da décima primeira hora têm, contudo, o mesmo direito a trabalhar que os primeiros, e a viver, eles e sua famílias, desse trabalho. Num mundo como o nosso, no qual a grande maioria da população está subempregada ou desempregada, o direito ao trabalho – como lembrou com energia o Papa São João Paulo II na sua encíclica sobre o Trabalho Humano – é uma manifestação do direito à vida”.

Continuando seu parecer Gutierrez afirmou: “O Deus da revelação bíblica não se limita a exigir o cumprimento de uma justiça legal ou formal. O seu amor, e por conseguinte o que requer de nós, salta essas fronteiras e vai generosa e livremente em busca daqueles a quem a sociedade marginaliza e oprime. Os caminhos do Senhor não são os nossos, nos diz o profeta Isaías. Devemos estar sempre abertos à novidade e à criatividade do amor de Deus. A gratuidade não é o reino do arbitrário ou do supérfluo; o gratuito não se opõe nem desmerece a busca da justiça, ela lhe dá, ao contrário, o seu verdadeiro sentido. Não há nada mais exigente que a gratuidade do amor”. (FB)

 
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