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“Nossa marca registrada é a unidade”, afirma o Arcebispo de Londrina
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 25/09/2014
 
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Londrina – Paraná (Quinta-Feira, 25/09/2014, Gaudium Press) Dom Orlando Brandes, Arcebispo da Arquidiocese de Londrina, no Paraná, escreveu um artigo com o título “Quatro elos da unidade”. Em sua reflexão, o Prelado faz uma análise sobre os seguintes elos: um só corpo; uma só alma; um só coração e um só espírito.Dom_Orlando.jpg

Com respeito ao tema sobre “um só corpo”, Dom Orlando afirma que o símbolo do corpo significa unidade na pluralidade: um corpo e muitos membros unidos. Segundo ele, unidade não é uniformidade, mas, encontro dos diferentes, coincidência dos opostos. Além disso, um só corpo quer dizer, uma família, uma comunidade na diversidade.

“O corpo, enquanto símbolo da unidade na diferença, na oposição, na pluralidade pode ser comparado a uma orquestra com instrumentos diferentes, mas em harmonia. Ou, como um jardim com flores diferentes. Ou, como um coral com vozes distintas, mas em consonância. Viva, pois, a unidade na diversidade”, acrescenta.

Já sobre o elo “uma só alma”, o Arcebispo explica que a função da alma é unir matéria e espírito. Ele destaca que a alma é a fonte vital de inteligência, da memória, da vontade, pois ela unifica todas estas potencialidades, dá vida a todos os seres materiais. Para Dom Orlando, a alma é o lugar da habitação de Deus em nós.

“A alma está em todas as partes do corpo, vivificando a matéria. Nós somos barro e espírito, corpo e alma, sem divisão, nem separação ou oposição. Eis a unidade, porque a alma é o princípio dos pensamentos, dos afetos e volições. O ser humano graças à alma não é uma dualidade, mas, uma unidade”.

Quanto ao elo “um só coração”, o Prelado salienta que os primeiros cristãos eram um só coração e uma só alma, e que o coração simboliza a ternura, o afeto, a empatia, as emoções, os sentimentos. Conforme ele, querer-se bem, aceitar e acolher o outro, compreender e perdoar, tudo isso significa ser um só coração. O Arcebispo ainda ressalta que unidos de coração é o mesmo que interação, comunhão, cordialidade, concórdia, melhor ainda, o amor de benevolência. Para ele, quando somos um só coração, superamos as brigas, divisões, ambições, agressões, invejas, ciúmes.

“Coração é também interioridade, centro da pessoa. Ser um só coração é abrigar, receber, abrir-se interiormente aos outros que no fundo significa ter sentimentos de alteridade, altruísmo, solidariedade, diálogo, amizade, confraternização. É alimentar sentimentos de estima, admiração, gratidão”, completa.

Também enfatiza que quando somos um só coração não há necessitados, nem excluídos ou desprezados, pois é com o coração que conseguimos a globalização da caridade e a civilização do amor.

Sobre o último elo, “um só Espírito”, Dom Orlando recorda que o Espírito Santo é o laço da união, é ele quem nos concede dons diferentes, sem perdermos a unidade. Ele ainda lembra que na oração da missa, nós a concluímos com este pedido: “na unidade do Espírito Santo”.

“Sabemos que a unidade do Espírito é a própria Igreja, povo de Deus. Quando pedimos a graça de sermos um só espírito, recordamos a aliança, a espiritualidade de comunhão, a unidade da Fé. Assim eram as primeiras comunidades cristãs: unidas na doutrina, no Credo apostólico, na oração, principalmente na Eucaristia, nos bens e no afeto”, avalia.

Para finalizar, o Prelado acredita que se queremos ser “paróquia, comunidade de comunidades” há uma condição, um preço a pagar, um caminho a percorrer: ser um só corpo e um só espírito, um só coração e uma só alma. Segundo ele, a unidade era para o Apóstolo Paulo a maior alegria e o fundamento da comunidade.

“Jesus rezou para que todos sejam um, para que o mundo creia e tenhamos a alegria perfeita que o mundo não pode tirar. A primeira confissão de Fé em relação à Igreja é: creio na Igreja una. Nossa marca registrada, nosso DNA, nossa tatuagem indelével, é a unidade”, conclui. (FB)

 
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