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“A fidelidade é o remédio para a epidemia da corrupção”, diz o Arcebispo de Londrina
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 13/10/2014
 
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Londrina – Paraná (Segunda-Feira, 13/10/2014, Gaudium Press) Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina, no Paraná, escreveu um artigo sobre a questão da fidelidade. Ele afirma que vivemos num mundo que valoriza mais a liberdade, a mudança, a individualismo, a modernidade, e descarta a fidelidade, que também encontra obstáculos na natureza humana frágil, ferida, volúvel. Para o Prelado, tudo converge mais para a facilidade que para a fidelidade.dom_orlando_gaudium_press.jpg

Mesmo assim, o Arcebispo ressalta que a Igreja acredita que a fidelidade é possível, que é remédio para vida conjugal, para o ministério sacerdotal, para a amizade, para a convivência humana e, principalmente, para o relacionamento com Deus. Por outro lado, Dom Orlando explica que hoje falamos de fidelidade partidária, fidelidade à palavra dada, às promessas, às leis, ao horário, ao cumprimento do dever, pois sem fidelidade cairíamos na anarquia e no caos.

“Há também distorções da fidelidade. Há quem é intolerante, radical, extremista, orgulhoso e chama isso de fidelidade. Outros são fanáticos, obsessivos, excludentes em nome da fidelidade. Os desconfiados, ciumentos, medrosos, inseguros são apegados a uma fidelidade neurótica, agem mais por medo que por convicção”, acrescenta.

Segundo o Prelado, precisamos então de uma visão e prática positiva da fidelidade, porque antes de tudo trata-se de um bem para a pessoa humana visto que lhe confere consistência, orientação de vida, integração pessoal. Ele destaca que a fidelidade salva a pessoa das flutuações das paixões, da dispersão e desorientação da vida, enfim, é um grande recurso. Além disso, o Arcebispo afirma que sem fidelidade ninguém chega à maturidade, nem à santidade, pois todos precisamos deste recurso que abre tantas portas e caminhos para nossa vida.

“Sem dúvida, a fidelidade familiar, livra os esposos, pais e filhos de traumas, frustrações, fracassos e doenças. A fidelidade é uma dimensão essencial do amor. Deus é fiel à sua aliança com a humanidade e isso significa amor fiel. Sim, o amor é fiel porque é justo, verdadeiro, honesto, respeitoso, nobre. Mais ainda, o amor é incondicional, tem capacidade de perdoar. Este é o poder da fidelidade.”

Outro aspecto analisado por Dom Orlando é que a sociedade precisa da fidelidade para segurar a ordem social. De acordo com ele, os justos, os pacíficos, os amigos da verdade, os mestres dos valores são antes de tudo pessoas fiéis. Também salienta que a fidelidade confere à sociedade estabilidade social, confiança recíproca, que promove e sustenta a liberdade porque possibilita o relacionamento, a comunicação, a amizade sadia, verdadeira e duradoura.

Ainda conforme o Prelado, a fidelidade autêntica é criativa, ela não é sinônimo de mesmice, rotina, mediocridade. Para ele, percebemos a criatividade da fidelidade quando sabemos valorizar o passado e acolher o presente, respeitar a tradição e abraçar a atualização, o novo, as circunstâncias, as mudanças. Portanto, o Arcebispo enfatiza que a fidelidade é ativa, progressiva, atenta à realidade, aberta ao desenvolvimento.

“Como é bom, saudável e prazeroso saber que Deus é fiel ao seu amor. Quanta alegria sentimos quando o aluno é fiel, quando o paciente, o esportista, o motorista, o professor, o político, os religiosos são fiéis. Mais ainda, o cônjuge fiel é o sustento da família, protetor do casamento, segurança dos filhos, benfeitor da sociedade, visibilidade do Deus fiel”, avalia.

Enfim, Dom Orlando recorda que somos rigorosos e exigentes com marca de fidelidade de tudo o que compramos, além de exigirmos os comprovantes de fidelidade. Segundo ele, criamos a fidelidade partidária e precisamos dar um passo ulterior, ou seja, criarmos a “cultura da fidelidade”, pois estamos escravizados pelo império da mentira.

“Vivemos mais de aparências que de transparência, coerência, inocência. A fidelidade é o remédio para a epidemia da corrupção e para o combate à falsidade. Viva a fidelidade”, finaliza. (FB)

 
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