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“Advento é um período de serena e silenciosa expectativa”, diz Bispo de Uruguaiana
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 01/12/2014
 
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Uruguaiana – Rio Grande do Sul (Segunda-Feira, 01/12/2014, Gaudium Press) Dom Aloísio A. Dilli, Bispo da Diocese de Uruguaiana, no Estado do Rio Grande do Sul, escreveu um artigo sobre o belo tempo de preparação do santo Natal, tempo que antecede a festa do Nascimento de Cristo e é chamado na Igreja de Advento. Ele ressalta que esse período abrange as quatro semanas que antecedem a celebração do nascimento de Jesus, sempre em data fixa: 25 de dezembro.dom aloísio dilli.jpg

Segundo o Prelado, o conteúdo teológico dessa preparação contém dupla dimensão de esperança: preparação para o nascimento de Jesus Cristo e espera pelo Senhor na parusia (fim dos tempos).

Ele recorda que as Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário da reforma do Concílio Vaticano II afirmam: “O tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (Missal Romano – NUALC 39). O Bispo explica que essas características se misturam, ora acentuando-se mais a um, ora mais a outro aspecto.

“O Advento é, pois, tempo de espera, de vigilância, de atenção e cuidado. Por estas características percebemos que esse tempo litúrgico traz consigo algo da experiência própria de uma mulher grávida, que espera e se prepara em vista do nascimento de seu filho, em gestação. Ainda não é Natal, mas a criança está para nascer”, avalia.

Ainda conforme Dom Dilli, a liturgia define oficialmente o Advento como “tempo de feliz e piedosa expectativa”. Para ele, o tema da esperança cristã é fascinante; dá um sabor especial à nossa vida e só ela dá o verdadeiro sentido ao nosso viver, pois somos seres em realização. O Prelado salienta que somos inquietos e abertos, projetando-nos constantemente diante de nós mesmos, para o futuro, para a plenitude.

Segundo ele, nosso coração estará inquieto até que descanse em Deus (S. Agostinho), pois fomos criados para sermos à Sua imagem e semelhança. “O Advento ainda é promessa; o Natal já é a realidade do Deus conosco. O Advento é, portanto, período de serena e silenciosa expectativa: preparação para um nascimento: o do Filho de Deus entre nós.”

Além disso, o Bispo lembra que quando João Batista apresenta Jesus como o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo (cf. Jo 1, 29), o Precursor convida todos à conversão de vida: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para Ele” (Mt 3, 3).

“É o que hoje cada cristão, cada família, cada comunidade e toda a Igreja procuram vivenciar pela escuta da Palavra de Deus, pela oração, pela participação na liturgia da Igreja, pela prática da solidariedade, por atitudes que revelam conversão para os valores do Evangelho, que Jesus veio anunciar”, afirma.

Por fim, Dom Dilli deseja que o tempo do Advento seja mais do que preocupar-nos com presentes de Natal ou festas de fim de ano, mas que possamos viver o tempo da Igreja grávida, aquela que se prepara a fim de gerar o Senhor da Vida; Aquele que dá novo sentido ao nosso viver.

“Se nos considerarmos pequenos demais para preparar os caminhos do Senhor, inspiremo-nos em Maria Santíssima, Mãe de Jesus e nossa, que, no dizer do Papa Francisco “é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura… Como Mãe de todos é sinal de esperança para os povos que sofrem as dores do parto até que germine a justiça” (EG 286). (FB)

 
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