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“Somos livres e temos a nossa marca de cristãos”, diz o Bispo de Novo Hamburgo
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 28/01/2015
 
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Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul (Quarta-Feira, 28/01/2015, Gaudium Press) A mensagem deste quarto domingo do tempo comum, de acordo com o artigo semanal de Dom Zeno Hastenteufel, Bispo da Diocese gaúcha de Novo Hamburgo, nos leva a pensar sobre a seriedade de nosso encontro dominical, na Eucaristia, com Jesus Cristo vivo e ressuscitado.dom_zeno (1).jpg

Ele explica que Jesus, pessoalmente, era um fiel cumpridor da lei do sábado, mas no dia de sábado, o Senhor entrou na sinagoga e começou a falar. Na verdade, segundo o Prelado, o povo de Israel, no tempo de Jesus era muito fiel à participação na sinagoga. “Foi um dos frutos colhidos no longo cativeiro da Babilônia. Foi lá, naqueles tempos difíceis, longe da terra e do templo, o povo criou as suas sinagogas e elas eram muito frequentadas nos dias de sábado”, completa.

No entanto, Dom Zeno afirma que os cristãos, desde o primeiro século do cristianismo, transferiram o dia do encontro com o Senhor para o “dia depois do sábado”. Assim, ele recorda que nós lemos em uma carta de Plínio Moço, Governador do Ponto e da Bitínia, ao Imperador Trajano, no ano 110: “Aqui os cristãos são muito numerosos, pertencem a todas as classes sociais, são trabalhadores e são honestos e pagam os juros de seus empréstimos. A única coisa que eles fazem de diferente: eles se reúnem na primeira feira de madrugada, para oferecer um culto a um certo Cristo, já morto e que eles dizem estar vivo. Eles o veneram como se fosse um Deus”.

“É claro que eles se reuniam de madrugada, porque aquele dia depois do sábado era chamado de ‘primeira feira’, isto é, era dia de trabalho. Os cristãos também trabalhavam. Não queriam se atrasar no serviço, mas eles queriam também celebrar a ‘páscoa semanal’, como a chamavam, por ser este o dia da Ressurreição do Senhor”, destaca o Bispo.

Ainda conforme o Prelado, quando no ano 304, estas reuniões em comum foram terminantemente proibidas e os que participavam eram condenados à morte, aconteceu um caso muito curioso no norte da África, em Cartago. Ele ressalta que 49 adultos estavam reunidos no porão de uma casa, celebrando a Eucaristia, quando foram denunciados e arrastados ao tribunal, e, lá, diante do juiz, um tribuno assumiu a defesa do grupo e disse: “Não conseguimos viver a nossa fé, sem esta celebração semanal da Páscoa do Senhor. Este é o nosso alimento forte, que nos sustenta durante a semana toda. Nós precisamos deste pão sagrado e por ele estamos prontos a morrer”. Dom Zeno nos ensina que eles são hoje conhecidos como os 50 mártires de Cartago.

Por fim, o Bispo lembra também que, no ano 321, o Imperador Constantino mudou a legislação romana, instituindo o “Dies Domini”, ou em nossa língua, o Domingo, o Dia do Senhor, dia em que não se trabalha, para que todos os cristãos possam cumprir o seu dever dominical, renovar a sua páscoa semanal e buscar o alimento forte, indispensável para viver uma semana inteira, num mundo mais uma vez tão paganizado e consumista.

“Graças a Deus, hoje não é proibido participar. Não precisamos nos reunir de madrugada, nem precisa ser no porão das casas. Somos livres e temos ali a nossa marca de cristãos”, conclui. (FB)

 
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