Genebra – Suíça (Sexta-feira, 30-01-2015, Gaudium Press) A crise humanitária na República Centro-africana avança devido ao clima de violência que já gerou o deslocamento de mais de 425 mil pessoas, 190 mil das quais foram forçadas a emigrar no último ano. Para atender à povoação de refugiados, Cáritas, a agência humanitária da Igreja Católica, tem oferecido programas de alimentos, saúde e educação que buscam aliviar as penalidades dos cidadãos. No entanto, o Delegado da Cáritas Internationalis diante das Nações Unidas, Dom Robert J Vitillo, manifestou a necessidade de um maior apoio para continuar o trabalho.

A situação dos refugiados impõem a necessidade de maiores recursos para sua atenção. Foto: P. Aurelio / Cáritas.

“Se mais fundos não se tornarem disponíveis durante este ano, as agências de ajuda não poderão satisfazer as necessidades básicas dos refugiados e menos poderão facilitar o desenvolvimento em meio deste poco”, comentou o prelado. Sua declaração defende uma maior participação das agências de ajuda no plano de resposta da agência das Nações Unidas para os refugiados. De um total de 331 milhões de dólares destinados ao plano, as agências só receberão 14 milhões em 2015.

Dom Vitilo pediu para se ter em conta não só aos refugiados que se encontram em outras nações, mas esforçar-se por atender aos que permanecem na República Centro-africana e que afrontam graves perigos. “É vital assegurar uma atenção adequada às pessoas na República Centro-africana, também com uma visão de acompanhá-los enquanto lutam para permanecer em sua terra natal e alcançar sua dignidade”, recomendou o prelado sobre o plano anunciado.

Além da atenção na República Centro-africana que representa para a Igreja superar numerosas dificuldades pela complexidade do ambiente, Cáritas realiza projetos com refugiados em Camarões, Chad e República do Congo. As ajudas incluem entretenimento, educação, insumos agrícolas e equipamento, água potável, salubridade e ajuda alimentar. (GPE/EPC)