Santa Cruz do Sul – Rio Grande do Sul (Sexta-Feira, 27/02/2015, Gaudium Press) “Consagrados pela Vida Religiosa.” Este é o título do artigo de Dom Canísio Klaus, Bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, em que ele afirma que no desejo de fazer ecoar nas comunidades o cinquentenário da Constituição Dogmática Lumen Gentium, o Papa Francisco decretou 2015 o Ano da Vida Religiosa Consagrada.

Ele ressalta que os objetivos propostos são: “Olhar com gratidão o passado; viver com paixão o presente; olhar com esperança para o futuro”. Com São João Paulo II, Francisco incentiva os religiosos: “Vós não tendes apenas uma história gloriosa para recordar e narrar, mas uma grande história a construir! Olhai para o futuro, para o qual vos projeta o Espírito a fim de realizar convosco ainda coisas maiores” (Exortação pós-sinodal Vita consecrata n. 110).

Segundo o Prelado, com a expressão “Vida Religiosa Consagrada”, nos referimos aos homens e mulheres que decidem seguir a Jesus Cristo de uma forma especial, e para isso, renunciam ao matrimônio e à posse de bens individuais, vivem em comunidade, obedecem à Regra e constituições próprias do Instituto a que pertencem e se dedicam aos pobres, enfermos e pequeninos, os preferidos de Jesus.

“Ao anunciar o Ano da Vida Consagrada, o Pontífice destaca a importância do testemunho por parte dos religiosos e das religiosas. Como expressão deste testemunho, indica a alegria (onde estão os religiosos deve transbordar alegria); a profecia (um religioso não deve jamais renunciar à profecia); a comunhão (os religiosos e as religiosas são chamados a serem peritos em comunhão); a saída em direção às periferias existenciais, onde se encontram as pessoas que perderam toda a esperança, famílias em dificuldade, crianças, idosos e doentes abandonados, jovens a quem está vedado qualquer futuro, homens e mulheres à procura do sentida da vida e sedentos do divino”, recorda o Bispo.

Além disso, Dom Klaus afirma que o Ano da Vida Consagrada diz respeito a toda a Igreja, para a qual a vida religiosa é uma graça e, por isso, o Papa pede ao povo cristão que tome cada vez maior consciência do dom que é a presença de tantas consagradas e consagrados, herdeiros de grandes santos que fizeram a história do cristianismo.

Ainda de acordo com o Prelado, as comunidades da Diocese de Santa Cruz do Sul foram agraciadas com o trabalho de muitas congregações e institutos de vida consagrada. Ele salienta que em sua maioria estavam a serviço da educação e da saúde das pessoas, mas também teve, e têm, religiosas e religiosos que se dedicaram e dedicam ao atendimento de paróquias e comunidades.

“Todos eles, ao seu modo, marcam a vida e os costumes das pessoas e influenciam no desenvolvimento da região. Por isso, todos somos concordes em afirmar que a educação e a saúde, assim como a vida comunitária na região seriam muito diferentes se não tivesse havido a presença de irmãs, irmãos e padres religiosos”, diz.

Por fim, ele convida as comunidades a se unirem aos religiosos e às religiosas para elevar a Deus um hino de gratidão pelos imensos benefícios que Deus nos concedeu através do seu trabalho.

“Conforme pedido do Papa, vamos fazer-lhes sentir o carinho e o encorajamento de todo o povo cristão. Ao mesmo tempo, aproveitemos a graça deste ano para buscarmos caminhos de renovação e revitalização da vida religiosa consagrada em nossas comunidades”, conclui. (FB)