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Assembleia dos bispos: “maior a perplexidade, maior ainda deve ser a missão”
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 17/04/2015
 
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Aparecida – São Paulo (Sexta-feira, 17-04-2015, Gaudium Press) Na Assembleia Geral dos Bispos, nesta quarta-feira, 15, o pároco da catedral do Rio de Janeiro e coordenador de Pastoral da Arquidiocese, Monsenhor Joel Portella Amado, promoveu uma reflexão acerca dos aspectos referentes a atual situação da Igreja no Brasil.Monsenhor Joel Portella Amado.jpg

Logo no início da apresentação, o religioso estava consciente que sua apresentação responderia as questões da “realidade que interpela a Igreja e a Igreja que interage com a realidade”.

Segundo o Monsenhor Joel, “uma palavra emerge com crescente vigor em nossos dias: perplexidade”, sendo esse “um termo que penso poder ajudar a compreender pastoralmente o que se passa neste mundo sob aceleradas transformações, não apenas no superficial, mas também e principalmente nas categorias mais profundas de compreensão da vida e consequente atuação sobre ela”.

Em seguida, apresentou critérios com os quais terá interação com as questões que chegam para a Igreja, com base nas urgências na ação evangelizadora.

A respeito disso, mencionou que existem “vozes”, sendo a primeira uma voz a qual se destaca e é uma das mais ouvidas, que é a do Papa Francisco: “Num mundo hoje, sem vozes nem lideranças significativas, o Santo Padre é, podemos dizer, unanimidade. Sua liderança moral é incontestável. Sua voz é ouvida, sua pessoa é admirada, sua presença é noticiada”, explicou.

A “voz acolhedora da Igreja”, segundo critério apontado por Monsenhor Joel, se caracteriza pela “solidariedade a partir da cruz”, uma vez que a Igreja não teme sujar-se nas lamas existenciais, correndo às pressas para as periferias, tenham essas periferias as formas que tiverem”.

Já o terceiro critério de interação da Igreja com a realidade atual seria “uma voz que escuta”, que é a do Espírito Santo. “Creio que o Espírito tem dito à Igreja que, nestes e em todos os casos, a grande atitude é o acolhimento pessoal sob suas variadas formas. Acolhimento aqui não significa o atendimento incondicional das solicitações, fruto do medo de perder a freguesia, atitude mais própria de empórios religiosos do que da genuína ação evangelizadora”, esclareceu.

Ainda, conforme o coordenador de Pastoral da Arquidiocese do Rio, “outro aspecto a nos interpelar nestes tempos de perplexidade diz respeito à missão”, pelo fato de que “perplexidade e missão se articulam muito diretamente. O princípio é simples: maior a perplexidade, maior ainda deve ser a missão”.

Concluindo sua reflexão, Monsenhor Joel aproveitou para fazer a apresentação da urgência da misericórdia, tema já aprofundado pelo Papa Francisco na Bula do Ano Santo, lançada no último dia 11 de abril.

“Em tudo isso, importa identificar um viés apto a conduzir transversalmente a ação evangelizadora em nossos dias, fornecendo conteúdo, identidade, rosto, para tudo o que a Igreja fizer. A meu ver, este viés foi oficializado pelo papa Francisco ao convocar toda a Igreja para o Ano Santo da Misericórdia. De fato, a misericórdia é uma das maiores necessidades de nosso tempo. O que da Igreja se pede, neste momento da história, é que seja sinal transbordante e interpelador da misericórdia de Deus”, completou. (LMI)

 
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