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“A Igreja faz a Liturgia e a Liturgia forma a Igreja”, diz o Bispo de Paranavaí
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 20/04/2015
 
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Paranavaí – Paraná (Segunda-Feira, 20/04/2015, Gaudium Press) Dom Geremias Steinmetz, Bispo da Diocese de Paranavaí, no Paraná, afirma em seu artigo mensal que após muitas celebrações da Quaresma, Semana Santa e da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, temos pela frente o Tempo Pascal. Segundo ele, este período se caracteriza por estender a alegria da ressurreição primeiramente por oito dias de festa, alegria e júbilo (Oitava Pascal) e, com outra motivação, por 50 dias de vivência da espiritualidade do ressuscitado até o dia de Pentecostes.

O Prelado recorda que no período do chamado Movimento Litúrgico, que foi o movimento que na Igreja precedeu e preparou a grande Reforma Litúrgica, se dizia muito claramente que “a Liturgia deveria ser a fonte da espiritualidade de todo cristão e da Igreja”. Por isso, segundo ele, é que a Liturgia foi, teologicamente, compreendida como continuidade da história da salvação.

“Também por isso a proclamação da Palavra de Deus foi prevista de maneira mais ampla, rica, constante e com direcionamento teológico. Propôs-se a participação ativa dos fiéis nos gestos, palavras, cantos, ministérios, etc. Hoje temos condições de compreender todos os detalhes da Liturgia, também porque ela acontece na nossa língua. Nos documentos diz-se ‘língua vernácula’. É um grande valor da liturgia pós-conciliar”, completa.

Outro aspecto mencionado pelo Bispo e que é muito importante nesta reforma foi voltar a um antigo princípio da Liturgia Romana Pura, que é a raiz da liturgia que celebramos na Igreja Ocidental. Para Dom Geremias, a partir dela, a liturgia deve ser: simples e precisa, breve, não verbosa, pouco inclinada ao sentimento. Ele ainda cita que sua disposição deve ser clara e lúcida, com grandeza sagrada e humana, espiritual e de grande valor literário.

“A Igreja entende que estas características conduzem a um perfeito intercâmbio teológico e antropológico, quer dizer, Deus é perfeitamente glorificado e o homem é santificado. Todas estas características estão muito presentes nas celebrações litúrgicas da Semana Santa, Páscoa e neste período pós-pascal, como em qualquer celebração. Mas é uma observância não apenas para a Liturgia como também na constituição e vivência da Igreja como um todo. A Igreja faz a Liturgia e a Liturgia forma a Igreja. Precisamos de uma Igreja cada vez mais ministerial”, avalia.

Porém, o Prelado alerta que é preciso ter muito cuidado nas nossas celebrações, pois muitas vezes ocorre que colocamos o homem em primeiro lugar. “Lembro-me de algumas missas em que o grupo de cantos canta praticamente sozinho, sem envolver a comunidade, com melodias que só eles conhecem e com cantos que não têm nada a ver com o Mistério celebrado. Dá a impressão de Missa Show”, diz Dom Geremias.

Ele explica que às vezes existe um exagero de vestimentas, pretendendo chamar atenção para o “fausto na Liturgia”. Para o Bispo, algumas bênçãos do Santíssimo se chama mais atenção sobre o Presidente do que sobre o próprio Jesus Eucarístico. “Que Igreja queremos construir com as nossas celebrações? Não temos o direito de prejudicar ou danificar a imagem de Igreja construída com muito trabalho, estudo, dedicação e oração pelos homens e mulheres que nos antecederam como discípulos de Jesus”, diz.

Finalizando, Dom Geremias ressalta que o Concílio Vaticano II definiu a Igreja como “a serviço” (Constituição Gaudium et Spes) e “em diálogo” (Constituição Lumen Gentium”). De acordo com ele, a Liturgia deve ser, juntamente com a pregação da Palavra de Deus, a base da evangelização, pois com a pregação e a Liturgia devemos formar os discípulos e seguidores de Jesus Cristo para que sejam fiéis servidores de Deus Pai. (FB)

 
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