Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul (Sexta-Feira, 24/04/2015, Gaudium Press) Em seu mais recente artigo, Dom Zeno Hastenteufel, Bispo da Diocese de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, diz que normalmente a Igreja dedica o mês de agosto às vocações, mas ela tem o quarto domingo da Páscoa, como o dia de orações pelas vocações. O Prelado afirma que é o domingo do Bom Pastor, em que o próprio Jesus se apresenta como o pastor que deseja apascentar o rebanho de todos os filhos amados de Deus.
Para o Bispo, a missão dos apóstolos, como testemunhas do Cristo vivo e ressuscitado, aparece claramente na primeira leitura, em Pedro, que mais uma vez fala em nome dos apóstolos, e explica o milagre da cura do paralítico: “Ficai sabendo todas vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo de Nazaré, aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos, que este homem está curado, diante de vós” (At 4,10). Segundo Dom Zeno, não são os apóstolos que fazem milagres, mas é pelo nome de Jesus Cristo que eles conseguiram curar o paralítico.
Por fim, Pedro aplica o Salmo 117: “Jesus é a pedra que vós, os construtores, rejeitastes, e que se tornou a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu, outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos” (At 4,11-12).
Além disso, o Prelado recorda que no evangelho deste domingo nós nos encontramos com o bom pastor: Jesus faz uma distinção fundamental entre o bom pastor, que é dono das ovelhas, e o mercenário, um empregado que apenas cuida das ovelhas do patrão, por um salário mensal.
“Ele apenas trabalha com as ovelhas, para ganhar um dinheirinho. Na hora em que o lobo aparece, o mercenário foge, porque não admite ser atacado pelo lobo. Já o pastor, o verdadeiro dono das ovelhas, ele é capaz de dar a vida pelas suas ovelhas. Como é bom pertencer a um rebanho que tem um pastor como Jesus Cristo, pronto para dar a vida pelas suas ovelhas”, avalia.
Ainda de acordo com o Bispo, quem compreendeu bem o que significa este evangelho foi o apóstolo São João, que era sempre o apóstolo amado de Jesus e que, já em idade avançada, escreveu a Carta que neste domingo nos será apresentada, na segunda leitura, onde escreve: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai” (1Jo 3,1). Ele salienta que nós não somos apenas rebanho do Cristo Pastor, mas somos, de verdade, filhos amados de Deus.
Para concluir, Dom Zeno ressalta que neste contexto litúrgico nos cabe, no domingo, motivar a comunidade cristã, para que não cesse de rezar pelas vocações, especialmente por vocações sacerdotais e religiosas, que continuem anunciando o Cristo ressuscitado e apascentando o rebanho do Senhor, conseguido e adquirido com o sangue derramado na cruz. Ele acrescenta que nas paróquias se fará a coleta que se destina aos seminários. (FB)
