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A gema que simboliza o azul do céu
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 29/05/2015
 
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Redação (Sexta-feira, 29-05-2015, Gaudium Press) Nos últimos capítulos do Apocalipse, São João nos convida para que imaginemos a Jerusalém celestial, “a morada de Deus entre os homens” (21, 3), edificada sobre um conjunto de colunas translúcidas e coloridas, cujo brilho se deriva da glória divina. Quando mais adiante descreve os muros que a rodeiam, o evangelista assinala que “os cimentos da muralha da cidade estão adornados com toda classe de pedras preciosas” (21, 19).A gema que simboliza o azul do céu.jpg

Tendo em conta que na Sagrada Escritura nenhum detalhe é supérfluo, poderíamos fixar nossa atenção em qualquer um dos preciosos minerais sobre os quais se sustenta essa construção de sonho e, refletindo acerca de seu significado mais transcendente, chegar a elevadas conclusões. No entanto, nenhum deles parece estar tão carregado de simbolismo como a safira, que São João menciona como segundo fundamento da nova Jerusalém.

Ainda que esta gema apresente variações rosáceas, moradas, verdes e inclusive douradas, sua cor característica é o azul. Um azul lindíssimo, às vezes suave, às vezes mais profundo, como se se concentrasse em cada uma dessas pedras a vasta gama de tonalidades que se pode admirar no céu. Se diria, sem dúvidas, que se trata do azul mais belo que existe em toda a ordem da Criação.

Contemplar uma safira serena os ânimos agitados, desperta sentimentos de pureza, harmonia e temperança, e afugenta o mal. Santa Hildegarda de Bingen atribui a essa pedra a virtude de favorecer a inteligência e não falta lhe outorgar o poder de conceder a sabedoria.

O azul da safira o relaciona também, de modo singular, com a ideia de nobreza. Figurava nas insígnias de altos cargos eclesiásticos e era empregado habitualmente na confecção de ornamentos reais. A coroa do Império Austríaco, por exemplo, conservada na Câmara do Tesouro do Palácio de Hofburg, em Viena, tem em sua parte superior uma safira de considerável tamanho, que simboliza “o nexo entre o Sacro Império e o Céu”. 1

Não obstante, nada supera o fato de que essa gema seja a que melhor represente certos aspectos da alma de Maria Santíssima, Rainha do Céu e da Terra, à qual a Igreja chama “Cælica Sapphiri”,2 Safira celestial. Se a esmeralda é a imagem da esperança e o rubi, do amor a Deus, a safira nos recorda a suavidade e a compaixão da Virgem Serena, que “está disposta a obter-nos o perdão de seu divino Filho, inclusive para nossas piores faltas; nos alcança as graças necessárias para assim, brilhar diante dEla por toda a eternidade

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho
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1 CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. A mais bela coroa do mundo. In: Dr. Plinio. São Paulo. Ano XV. N.º 176 (Novembro, 2012); p. 32.
2 COMISIÓN DE ESTUDIOS DE CANTO GREGORIANO DE LOS HERALDOS DEL EVANGELIO. Liber Cantualis. São Paulo: Salesiana, 2011, p. 135.
3 CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Razão de nossa serenidade. In: Dr. Plinio. São Paulo. Ano VIII. N.º 91 (Outubro, 2005); p. 44.

 
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