Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 24/06/2015, Gaudium Press) – A Igreja Católica festeja no próximo dia 29 a solenidade que relembra os santos Pedro e Paulo.

Há já bastante tempo, este dia foi escolhido para ser a ocasião em que, na missa presidida pelo Pontífice na Basílica Vaticana, são entregues os Pálios aos novos Arcebispos Metropolitanos, que nesta ocasião serão.

Neste ano os novos Arcebispos serão 46 e apenas um deles é brasileiro: Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba, capital do Paraná.

Rito modificado

A pedido do Papa Francisco haverá modificações na cerimônia de imposição do Pálio.

Este ano, o rito tradicional terá uma novidade, a pedido de Francisco.

O anúncio das mudanças do cerimonial foi feito pelo Mestre das Celebrações Pontifícias, Dom Guido Marini, em carta datada de 12 de janeiro deste ano.

A partir de agora a faixa de lã branca será entregue e não colocada pelo Santo Padre nos ombros do novo arcebispo.

Dom Marini informou que a imposição do Pálio deverá ser realizada nas respectivas dioceses de origem e quem procederá a imposição será o Núncio Apostólico em cada país.

Segundo o Mestre das Celebrações Pontifícias, “O significado desta alteração é colocar em maior evidência a relação dos bispos metropolitanos com a sua Igreja local e, assim, dar também a possibilidade a mais fiéis de estarem presentes neste rito tão significativo para eles, e também particularmente aos bispos das dioceses sufragâneas, que deste modo, poderão participar do momento da imposição.

Assim espera-se que com as modificações tenha sido mantido todo o significado da celebração de 29 de junho, onde é sublinhada a relação de comunhão e também de comunhão hierárquica entre o Santo Padre e os novos arcebispos; ao mesmo tempo, a isto se acrescenta – com um gesto significativo – esta ligação com a Igreja local”, disse Dom Marini em entrevista à Rádio Vaticano.

O Pálio

O pálio é elaborado com lã branca, com cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta.

O costume antigo é de que as monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, confeccionem os Pálios com a lã de dois cordeiros que são oferecidos ao Papa no dia 21 de janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês.

Nos primeiros séculos do Cristianismo, o Pálio era de uso exclusivo dos Papas. Desde o século VI, os Arcebispos Metropolitanos passaram também a usá-lo e o costume continua até nossos dias.

O pálio é símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e na sua comunhão com a Sé Apostólica. (JSG)