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Santo Sudário: mais de 2 milhões de peregrinos em 67 dias
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 26/06/2015
 
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Turim – Itália (Sexta-feira, 26/06/2015, Gaudium Press) – Depois de 67 dias, a Exposição Extraordinária do Santo Sudário foi encerrada.

A cerimônia de encerramento coincidiu com a Festa da natividade de São João Batista, Patrono da cidade de Turim, e constou também de uma missa celebrada pelo Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia.

Pela manhã de quinta-feira foi apresentado um balanço deste acontecimento histórico que, inclusive, teve como o mais ilustre visitante o Papa Francisco.

Neste curto período de exposição, mais de dois milhões de fiéis e peregrinos visitaram a famosa relíquia. Eles eram provenientes de 146 países, dos cinco continentes.
Cerca de 1.200 jornalistas participaram da cobertura e registro do evento.

Atmosfera humana e espiritual

Padre Roberto Gottardo, que é o Presidente da Comissão diocesana para o Santo Sudário, a propósito da atmosfera humana e espiritual que acompanhou esta Exposição 2015 disse:

“O primeiro aspecto que certamente como turinense me permito de destacar é como a cidade muda o seu rosto durante a exposição, pela grandíssima presença de peregrinos da Itália, mas também do exterior, provenientes de países que normalmente não frequentam Turim.

Ver tradições e línguas diferentes cruzando-se na cidade. Ver grandes grupos de russos, de poloneses, de japoneses….é certamente não habitual.

Portanto, uma cidade que muda de rosto pela influência deste evento que nasce da fé, da Igreja, mas que depois se abre e torna-se um evento citadino, rico de motivos de cultura, motivo de reflexão para todos, além de qualquer confissão”.

Recolhimento e encontro

Padre Gottardo ainda comentou o que evento possibilitou como recolhimento pessoal e de oportunidade para, na espiritualidade, encontrar outras pessoas:

“Certamente o peregrino pode ter vindo como indivíduo ou ter vindo como parte de um grupo. Em qualquer dos casos, o Sudário foi o que uniu este conjunto de pessoas, que não se conheciam, vindas de diversos lugares, com motivações diferentes, mas de qualquer modo reunidas pelo desejo de parar diante daquela face. O Sudário colocou juntas, pessoas que partiram de experiências diferentes.

De fato, aqui tivemos seja fieis cristãos, como simples curiosos. Porém, todos foram interrogados, chamados, tocados pela imagem que fala do rosto de Cristo, antes de qualquer consideração científica, mas simplesmente pelo que se vê impresso naquele manto”.

Doentes, deficientes e jovens

Sobre o fato de que, por desejo de Dom Nosiglia, mais particularmente, os doentes, deficientes e jovens tenham sido colocados no centro desta Exposição 2015, o Padre comentou:

“Esta foi a particularidade desta exposição. Pode surpreender um pouco esta associação de dois mundos que parecem tão distantes, o da juventude e o da doença e da deficiência. Eu penso que, pelo contrário, a escolha não tenha sido casual e reflete também um chamado que já conhecemos bem do Papa Francisco e é o das periferias, pois estes dois mundos podem ser considerados como uma “periferia”. O mundo da doença e da deficiência seguramente não está, infelizmente, em tantas ocasiões, no centro de nossas atenções, preocupações, e às vezes também o doente, o deficiente é mais marginalizado como uma pessoa a quem é necessário oferecer possibilidades, serviços, e mais raramente como uma pessoa que, pelo contrário, tem algo a dar ou oferecer à comunidade, exatamente como todos. E isto tentamos fazer com a exposição.

O outro mundo, o da juventude, infelizmente este também é uma “periferia”.

Conhecemos os dados sobre o desemprego juvenil e no geral, estes jovens são tão procurados e sedados como consumidores, o quanto são ignorados como sujeitos e protagonistas da sociedade.

E portanto, duas ‘periferias’ que o Papa nos convida, não somente a olhar, mas a colocarmo-nos naquelas periferias para olhar o mundo daquele ponto de vista”.

Visita do Papa

A propósito do que pudesse ter suscitado ou acrescentado à Exposição a visita do Papa Francisco, o Presidente da Comissão diocesana para o Santo Sudário afirmou:

“Certamente, foi a grande confirmação de outro Papa diante do Sudário e este gesto, de qualquer modo, indica a realidade do Sudário como algo de significativo para a Igreja, para a fé e não somente para esta, mas para todas as pessoas, os homens e as mulheres, que estão em caminho em suas vidas e buscam um significado, buscam um amor e um olhar, um abraço de misericórdia, como sempre nos recorda o Papa Francisco. E portanto, ainda uma vez, nos vem confirmado este significado do Sudário, que na sua humildade, na sua simplicidade e silêncio, permanece como um sinal e um auxilio”. (JSG)

Da Redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticana

 
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