Beijing – China (Segunda-feira, 13-07-2015, Gaudium Press) Recentemente, na China, o Monsenhor Martin Wu Qinjing celebrou sua posse como bispo da Diocese de Zhouzhi. O feito, que poderia parecer um sucesso relativamente comum, tem um ingrediente particular e característico das restrições à vida da Igreja chinesa: o prelado teve de esperar cerca de dez anos para que o Estado pudesse reconhecer oficialmente seu ministério e lhe permitisse exercer seu episcopado abertamente. Desde quando foi ordenado bispo em 2005, Monsenhor Wu teve seu trabalho estringido pelas autoridades locais.

Contudo, após esse tempo, a posse pode finalmente ser celebrada, sendo assim reconhecida pela Associação Católica Patriótica da China e do Conselho dos Bispos sob controle governamental. Na ocasião, a cerimônia ocorreu na Catedral de Zhouzhi e contou com a presença de 70 sacerdotes, segundo informações da agência Asia News.

A ordenação episcopal do prelado chinês permaneceu em segredo até 2007, por causa das pressões impostas pelas autoridades. Em setembro daquele ano, Monsenhor Wu foi preso e colocado sob prisão domiciliar no Seminário Menor de Xi’an.

Mais tarde, ele foi autorizado a ir para a cidade e fazer visitas ocasionais à sua diocese, exigindo que os seus sacerdotes e fiéis têm de ir visitá-lo constantemente para que pudesse governar a Igreja.

Educado no Seminário Menor de Zhouzhi e no Seminário de Sheshan, em Shanghai, Monsenhor Wu foi ordenado sacerdote em 1996. Depois, atuou como professor do Seminário de Shaanxi em 1998, antes de fazer uma viagem aos Estados Unidos, onde aprofundou seus estudos em Liturgia, Espiritualidade e Direção Espiritual.

Em 2005, regressou à China e foi nomeado como bispo, ministério que finalmente pode exercer abertamente. (GPE/LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Asia News