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Prodígio sem igual na História do mundo
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 29/07/2015
 
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Redação (Quarta-feira, 29-07-2015, Gaudium Press) Ao tomarem conhecimento do que acontecera a Jericó e Hai, cinco reis de diversas cidades de Canaã “aliaram-se para juntos combaterem contra Josué e Israel” (Js 9, 2).

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Chuva de grandes pedras de granizo

Com pavor de serem mortos pelos israelitas, os habitantes de Gabaon, usando um estratagema mendaz, conseguiram que Josué fizesse com eles uma aliança, prometendo poupar-lhes a vida.

Ao saber que esses gabaonitas tinham sido desleais, Josué mandou chamá-los e os repreendeu, dizendo que doravante eles deveriam ser rachadores de lenha e carregadores de água para os israelitas.

Sendo informados de que os gabaonitas tinham feito as pazes com Israel, os cinco reis – entre os quais o de Jerusalém – resolveram atacá-los. Os de Gabaon, então, pediram socorro a Josué, ao qual Deus disse: “Não tenhas medo [dos cinco reis], pois Eu os entreguei às tuas mãos, nenhum deles te poderá resistir” (Js 10, 8).

Josué, com seu exército, marchou durante toda a noite e, pela manhã, lançou-se de improviso sobre as tropas daqueles reis, as quais fugiram. Mas “o Senhor fez cair do céu grandes pedras de granizo em cima deles […] Foram mais numerosos os que morreram com a chuva de pedras do que os que caíram pela espada dos israelitas” (Js 10, 11).

“Um dia se transformou em dois”

E para que a vitória completa se desse antes da chegada da noite, Josué implorou a Deus que o Sol parasse. E o Altíssimo realizou este portentoso milagre: “Parou, pois, o Sol no meio do céu e não se apressou a descer pelo tempo de quase um dia […] O Senhor obedeceu à voz de um homem, pois o Senhor lutava por Israel” (Js 10, 13-14).

Esse “prodígio deslumbrante, sem igual na História do mundo” , está consignado também no Eclesiástico: “Não foi por ordem sua [de Josué] que o Sol parou, e que um dia se transformou em dois?” (Eclo 46, 5).

Porém, os cinco reis fugiram apavorados e se esconderam numa gruta. Depois de derrotar totalmente os inimigos, Josué mandou buscar os régulos. Tendo sido trazidos, o varão de Deus ordenou aos comandantes de seu exército que colocassem os pés sobre o pescoço dos reis. A propósito, convém lembrar o que diz o salmista: “Senta-te à minha direita, até que Eu ponha teus inimigos como escabelo de teus pés” (Sl 110, 1). Em seguida, os régulos foram mortos.

Feito isso, Josué disse-lhes: “Sede fortes e corajosos, pois é assim que o Senhor tratará todos os inimigos contra os quais ireis guerrear” (Js 10, 25).

Não se misturar com os idólatras

Josué travou diversas guerras e derrotou “31 reis ao todo” (Js 12, 24).
Ele “assenhoreou-se da terra que, 550 anos antes, o Senhor havia prometido a Abraão e a sua descendência”.

E levou a Tenda do Encontro, o Tabernáculo, para Silo, e ali repartiu em lotes Canaã – mesmo as nações que ainda não tinham sido conquistadas -, outorgando-os às tribos de Israel (cf. Js 19, 51).

Muito tempo depois, Josué, estando avançado em anos, “convocou a todo Israel, com seus anciãos, chefes, juízes e prefeitos” (Js 23, 2). E, entre outras coisas, disse-lhes: “Não vos mistureis com essas nações que restaram entre vós […]. Se com elas vos misturardes […] elas serão como um laço e uma armadilha, um açoite para vossas costas e um espinho para vossos olhos” (Js 23, 7.12-13).

Os israelitas não cumpriram essa recomendação, que no fundo era uma repetição da ordem dada por Deus anteriormente (cf. Ex 34, 11-16; Nm 33, 51-54; Dt 20, 16). O resultado está descrito pelo salmista:

“Não exterminaram os povos como o Senhor lhes tinha mandado. Misturaram-se às nações e aprenderam a agir do modo delas. Serviram a seus ídolos, que se tornaram um laço para eles. Aos demônios sacrificaram seus filhos e suas filhas” (Sl 105, 34-37).

Morte de Josué

Josué morreu na idade de 110 anos e foi sepultado na terra que lhe coubera por herança. Havia ele cumprido fielmente sua missão: a conquista da Terra Prometida e a partilha dos territórios.

Os israelitas o enterraram em Siquém. Logo depois faleceu o sumo sacerdote Eleazar, e o digníssimo cargo que ele ocupava passou para seu filho, o valoroso Finéias.

A respeito de Josué, afirma o Eclesiástico: “Valente na guerra, assim foi Josué […] sucessor de Moisés no ofício profético, ele que, fazendo jus ao nome, mostrou-se grande para salvar os eleitos de Deus, para castigar os inimigos que se lhe opunham e dar a Israel a posse da sua herança. Que glória não alcançou ele quando, levantando os braços, brandia a espada contra as cidades!” (46, 1-3). O Martirológio consigna Josué como santo, e sua memória é celebrada em 1º de setembro.

Que Nossa Senhora nos obtenha uma grande Fé sempre crescente, certos de que os atuais inimigos de Deus – piores do que os enfrentados por Josué – serão derrotados pelo Altíssimo.

Por Paulo Francisco Martos

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(In Noções de História Sagrada nº 38)

1) FILLION, Louis-Claude. La Sainte Bible commentée. 3. ed. Paris: Letouzey et ané. 1923, v. II, p.42.

2) SÃO JOÃO BOSCO. História Sagrada. 10 ed. São Paulo: Salesiana, 1949, p.90.

 
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