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“Quando uma Cruz for removida, um milhão de cruzes se erigirão”, afirmam clérigos chineses
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 13/08/2015
 
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Wenzhou – China (Quinta-feira, 13-08-2015, Gaudium Press) A comunidade católica em Wenzhou encontra-se unida contra a política de demolições de cruzes na província de Zhejiang. Tanto a chamada “Igreja oficial” como a “Igreja subterrânea” não reconhecida pelo Estado se manifestou publicamente contra uma campanha que representa uma grave violação da liberdade religiosa. Os sacerdotes clandestinos da cidade emitiram uma carta pública na qual anunciam sua férrea oposição à campanha e sua disposição de defender os símbolos religiosos, substituindo as cruzes demolidas por muitas outras, sem temor à perseguição que isto possa acarretar-lhes. O texto, reproduzido pela agência AsiaNews, denuncia as injustiças cometidas e chama a todos os crentes do país: “Não guardemos mais silêncio!”.

Quando uma Cruz for removida, um milhão de cruzes se erigirão, afirmam clérigos chineses 2.jpg

Na carta, dirigida “a todos os cristãos e cidadãos chineses”, os sacerdotes denunciam que a campanha de demolições “voltou ainda pior”, chegando a ser “uma tentativa frontal de eliminar as cruzes sobre cada um dos templos”. A comunidade católica denuncia não encontrar alternativas nem caminhos de diálogo para deter a situação. “Temos nos controlado, temos orado ardentemente, temos comunicado racionalmente e temos observado com calma, esperando que passem as nuvens escuras”. No entanto, a situação piorou, e certos funcionários “se tornaram mais agressivos, como se enfrentaram um inimigo mortal ao atacar um símbolo de amor universal: a Cruz”.

Um milhão de cruzes

Os pedidos pacíficos dos fiéis foram tratados como condutas ilegais, advertiram os sacerdotes, gerando um grave clima de repressão. “Quanto mais tentam suprimir o chamado à justiça, mais demonstram a severidade da crise social a frágil confiança em seu domínio e sua inabilidade de controlar a situação”, denunciaram os presbíteros. “Como indivíduos com direitos humanos dados por Deus, cada pessoa tem liberdade de culto. Para proteger a Cruz, e preservar nosso direito mais fundamental a crer, vigiaremos e nos cuidaremos uns aos outros e montaremos uma resistência racional e razoável”.Quando uma Cruz for removida, um milhão de cruzes se erigirão, afirmam clérigos chineses 1.jpg

Os sacerdotes assinantes advertiram que as políticas antirreligiosas violentam a própria ordem legal da nação, e que os responsáveis deverão responder também diante da justiça. Os clérigos afirmaram que os crentes são conscientes de sua missão na China e que darão testemunho desde chamado. “Vendo uma Cruz após outra ser derrubada, temos gritado de ira e chorado de dor. Mas usaremos sábia e cuidadosamente cada método disponível para reconstruí-las”, advertiram. “Quando uma Cruz for removida, um milhão de cruzes se erigirão: no coração de cada pessoa, ao longo das avenidas e das ruas, e no lar de cada família”.

“A Igreja através de sua história cresceu e sobreviveu seja sob a perseguição ou com o favor do governante”, recordaram os sacerdotes. “Com ânimo buscamos a misericórdia do Senhor, para que nos dê o valor de morrer pelo que é correto, pela paz da nação, pelo verdadeiro surgimento da nação chinesa, para fazer qualquer sacrifício que seja requerido”. Os clérigos recordaram a passagem do livro de Amós nas Sagradas Escrituras. “Mas corre o juízo como as águas e a justiça como uma corrente inesgotável” e chamaram aos crentes a não guardar silêncio e exigir o fim da campanha contra os símbolos religiosos. (GPE/EPC)

 
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