Roma – (Sexta-feira, 14/08/2015, Gaudium Press) – Antes de sua última viagem à América Latina, o Papa Francisco foi visitar o Papa Emérito Bento XVI, que iria iniciar, em seguida, suas férias que seriam passadas na conhecida residência de verão dos Papas, em Castel Gandolfo.
O Palácio de Castel Gandolfo fica situado próximo a Roma. A poucos minutos de voo de helicóptero desde o Vaticano e é usado pelos Pontífices quando na Cidade Eterna o calor do verão é muito grande.
As temperaturas mais amenas e as belas vistas do lago Albano são algumas das atrações e vantagens que tornam a região um local ideal para descanso. .
O Palácio foi construído na primeira metade do século XVII, durante o papado de Urbano VIII, e durante mais de 200 anos foi usado por quase todos os pontífices.
Esta tradição só foi interrompida em 1870 com a disputa entre a Itália e o Vaticano pela posse dos históricos e tradicionais territórios Pontifícios dos quais o Pontífice era o Soberano.
A partir de 1929 a Santa Sé adquiriu oficialmente os terrenos do palácio e mais algumas propriedades em torno dele.
Desde então, Castel Gandolfo converteu-se na residência de verão de quase todos os Papas. O Observatório Astronómico Vaticano está situado no terreno do Palácio.
Um dos eventos importantes que o Palácio testemunhou foi a assinatura da encíclica “Summi Pontificatus”, a primeira do Papa Pio XII que a assinou em “Castelgandolfo, junto de Roma, no dia 20 de outubro do ano de 1939, I do Nosso Pontificado” e que trata do “Ofício do Pontificado”.
Na Segunda Guerra Mundial, outro testemunho histórico: o Vaticano usou as dependências de Castel Gandolfo para dar refúgio a judeus perseguidos pelos nazifascistas. Durante a Guerra, dezenas de meninos judeus nasceram no interior do palácio durante a Guerra.
O Papa João Paulo II passou longas temporadas ali e Bento XVI também veraneia em Castel Gandolfo. Houve até Papas que faleceram no Palácio. O mais recente deles foi o Papa Paulo VI, que ali faleceu em 1978.
Apesar disso tudo, o Papa Francisco tem preferido não seguir essa tradição.
Durante seu pontificado visitou Castel Gandolfo em quatro ocasiões, mas não permaneceu lá por mais que um dia.
Em sua visita a Bento XVI, o próprio Francisco reconheceu que preferia estar no Vaticano porque, segundo ele mesmo disse: para ele, descansar é simplesmente mudar de atividade. (JSG)
Da Redação, com informações Rome Reports
