Jerusalém – Israel (Quarta-feira, 21-10-2015, Gaudium Press) No último sábado, 17 de outubro, começou de maneira oficial a temporada de colheita no horto de Getsêmani, Jerusalém, que tem duração de uma semana. As atividades são organizadas pelos Padres Franciscanos Custódios do horto sagrado e tem um profundo significado já que as plantas do lugar são descendentes diretas daquelas que existiam no tempo de Jesus Cristo.
Segundo informou a Agência Fides, as tarefas de colheita são feitas por voluntários de diversos lugares que dedicam várias horas ou um dia inteiro a esta atividade. Segundo o Patriarcado Latino de Jerusalém e a Custódia da Terra Santa, os voluntários deste ano proveem de 15 países distintos, o qual foi qualificado pelas organizações como um sinal de esperança em meio das tensões presentes na região.
A particularidade do Horto das Oliveiras é que suas árvores compartilham o mesmo código genético. Algumas das plantas tem vários séculos de vida e se remontam ao tempo dos cruzados, o que permite pensar que a planta mãe da qual proveem todas as oliveiras do horto existia no momento em que Jesus Cristo se deteve a orar no lugar antes de sua Paixão há 2 mil anos.
O azeite dos frutos coletados do Horto das Oliveiras são enviados aos Santuários de todo o mundo, às paróquias do Patriarcado Latino de Jerusalém, as comunidades religiosas da Terra Santa e consumidos pelos monges locais da Abadia de Latrún, lugar onde se elabora o azeite.
O Horto das Oliveiras é um dos lugares mais emblemáticos da Terra Santa e é o lugar de onde parte a procissão a cada ano na Quinta-Feira Santa, a qual é presidida pelo Custódio da Terra Santa e se dirige até a igreja de São Pedro em Gallicantu, construída no lugar onde Jesus passou a noite na prisão antes de sua crucificação. (GPE/EPC)