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A caridade não é feita só com o supérfluo, ensina Papa, na Audiência Geral
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 09/11/2015
 
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Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 09/11/2015, Gaudium Press) – Para comentar a mensagem da parábola do Evangelho do óbolo da viúva, que convida não só a dar o supérfluo aos pobres, mas também o que nos custa verdadeiramente dar, o Papa Francisco lembrou uma afirmação: “Há doenças cardíacas que fazem aproximar o bolso, a carteira ao coração”.

Estas palavras foram recordadas pelo Pontífice na Audiência Geral, pouco antes da recitação mariana do Angelus, na Praça São Pedro.

Para explicar melhor sua reflexão, Francisco narrou um episódio acontecido com uma família na Arquidiocese de Buenos Aires, cidade onde foi Cardeal Arcebispo.

Contou ele que “uma mãe e seus três filhos, enquanto o pai estava no trabalho, sentaram-se à mesa diante de bifes à milanesa. Batem à porta e mamãe pergunta quem é? A criança que tinha ido abrir a porta responde que havia um mendigo que pede algo para comer. E a mãe, que era uma boa cristã, pega uma faca e diz às crianças:

-‘O que vamos fazer? Vamos dar metade de cada bife’.

-‘Não mãe, não assim’! Pegue da geladeira”, respondem as crianças.

-‘Não, vamos fazer três sanduíches’, responde a mãe.
E as crianças aprenderam. A verdadeira caridade se faz assim.

Estou certo que naquela tarde elas tiveram um pouco de fome, disse Francisco.

Devemos nos privar de algo como essas crianças se privaram da metade do bife”.

“Jesus -continuou o Papa- diz também a nós que o critério de julgamento e não é a quantidade, mas a plenitude; há uma diferença entre quantidade e plenitude. Você pode ter tanto dinheiro, mas ser vazio, não há plenitude no seu coração. Não é questão de carteira, mas de coração. Amar a Deus “com todo o coração” significa confiar n’Ele, na sua providência, e servi-Lo nos nossos irmãos mais pobres sem esperar nada em troca”.

“Diante das necessidades dos outros, somos chamados a nos privar de algo essencial, não apenas do supérfluo; somos chamados a dar o tempo necessário, não só aquilo que avança; somos chamados a dar imediatamente e sem reserva alguns de nossos talentos, e não depois de tê-los usados para nossas finalidades pessoais ou de grupo”, ensinou ainda o Pontífice.

Antes de rezar o Angelus, o Papa pediu ao Senhor que nos admitisse na escola da pobre viúva que Jesus, com a perplexidade dos discípulos, faz subir à cátedra e a apresenta como mestra do Evangelho vivo”.

Francisco pedindo “por intercessão de Maria, a mulher pobre que deu sua vida a Deus por nós, o dom de um coração pobre, mas rico em uma generosidade alegre e gratuita”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

 
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