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Papa a 5 mil Peregrinos da Família Guanelliana: “a misericórdia não pode esperar”
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 12/11/2015
 
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Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 12/11/2015, Gaudium Press) – Cerca de 5 mil representantes da Peregrinação da Família Guanelliana foram recebidos em audiência pelo Papa Francisco na manhã desta quinta-feira, 12/11, na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Ao dirigir-se aos “peregrinos”, o Papa disse-lhes:

“Vocês celebraram o primeiro centenário do nascimento no céu de São Luís Guanella. Gostaria de imaginar o que ele lhes diria a fim de confirmá-los na fé, esperança e caridade. Certamente, o faria com sua simplicidade franca e genuína. Então pensei em três verbos concretos: confiar, olhar e apressar”.

Confiança

“A vida de Dom Guanella teve no centro a certeza de que Deus é Pai misericordioso e providente. Ele acreditou no amor concreto e providente do Pai e teve muitas vezes a coragem de superar os limites da prudência humana para colocar em prática o Evangelho. Para ele a providência não era uma poesia, mas a realidade. Deus cuida de nós e quer que nos confiemos a Ele”, frisou Francisco.

Olhar

O segundo verbo é olhar, disse o Papa. “Deus criador motiva a criatividade naqueles que vivem como seus filhos. ” Assim, eles aprendem a olhar o mundo com olhos novos, cheios de amor e esperança. “São olhos que veem dentro de si com verdade e enxergam longe na caridade. “

Para Francisco, nesta maneira de olhar “os outros não aparecem como obstáculos a serem superados, mas como irmãos e irmãs a serem acolhidos. Descobre-se assim, como disse Dom Guanella, que “o amor ao próximo é o conforto da vida”.

Não faltam problemas, pobrezas e injustiças em nosso mundo que tem fome de caridade. “Precisamos de pessoas com olhos renovados pelo amor que infundem esperança. ” Como dizia Dom Guanella, lembrou o Pontífice: “O amor faz encontrar maneiras e discursos para confortar quem é vulnerável”, Francisco ressaltou que “às vezes a nossa espiritualidade é míope, pois não conseguimos olhar além do nosso eu. Muitas vezes gostamos de ajudar quem está longe e não somos capazes de nos inclinar para quem vive perto de nós. Muitas vezes preferimos fechar os olhos, porque estamos cansados, derrotados pelo pessimismo.

Dom Guanella, que recomendava olhar Jesus partindo de seu coração, nos convida a ter o mesmo olhar do Senhor: um olhar que infunde esperança e alegria, paciente com quem sofre”.

Pressa

O terceiro dos verbos que inspiraram as palavras de Francisco foi o verbo apressar. O Papa lembrou São Luís Guanella que gostava de repetir que “Quem dá aos pobres, empresta a Deus. ” porque, para ele, os pobres são filhos prediletos do Pai.

Citando o pensamento de Dom Guanella, Francisco explicou que, assim como o Pai é delicado e concreto com os filhos pequenos e frágeis, também nós não podemos fazer esperar os irmãos e irmãs que estão em dificuldades, “porque, dizia o santo, a misericórdia não pode esperar. Não podemos parar enquanto tiver pobre para socorrer”.

O Papa ainda disse aos 5 mil representantes da Peregrinação da Família Guanelliana que “precisamos ouvir o convite do Espírito para ir ao encontro de quem precisa de nossos cuidados e nosso afeto, porque como ensinava São Luís, um coração cristão que crê e sente não pode passar diante das indigências do pobre sem socorrê-lo”.

A conclusão do discurso de Francisco foi uma mensagem de encorajamento para que os guanellianos prossigam em seu caminho. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com Informações RV)

 
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