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“Associação de Médicos Católicos de Brasília” será inaugurada por Dom Sergio da Rocha, no domingo
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 13/11/2015
 
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Brasília (Sexta-feira, 13/11/2015, Gaudium Press) – No próximo domingo, 15 de novembro, Dom Sergio da Rocha, arcebispo metropolitano de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), inaugura a Associação de Médicos Católicos de Brasília (AMCB).

A intenção desse grupo que agora oficializa sua formação é de ajudar os profissionais da área a testemunharem a fé católica nas diversas realidades do sistema de saúde do Distrito Federal.

As principais associações de médicos católicos brasileiras estão localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ceará. Existe uma Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (Fiamc) à qual estão filiadas cerca de 40 entidades em países dos cinco continentes.

A AMCB

A ideia de fundar em Brasília uma associação de médicos católicos surgiu nos encontros de formação e oração promovidos pela Comissão Arquidiocesana de Bioética e Defesa da Vida com o incentivo de Dom Sérgio e já rende frutos para a Igreja no Distrito Federal.

A fundação

A Fundação da AMCB deverá acontecer durante a realização da “5ª Manhã de Oração e Reflexão”, da qual participa ativamente Dom José Aparecido Gonçalves, bispo auxiliar de Brasília.

A programação começa às 8h30, com uma celebração eucarística na Catedral Nossa Senhora Aparecida. Depois os participantes seguem para a Cúria Metropolitana onde poderão conhecer os projetos, o estatuto e a diretoria da Associação.

A fundação da AMCB terá um caráter de compromisso sério e objetivo incluindo a emissão de promessas solenes por parte dos médicos associados.

O ginecologista-obstetra Cláudio Bernardo de Freitas deverá tomar posse como diretor da Associação no dia 15. Ele é formado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais desde 1973.

Uma das preocupações de Dr. Claudio Bernardo é rumo que tomam vários de seus colegas médicos tomam quando se abstêm princípios éticos fundamentais nas decisões médicas.

Por que uma Associação de Médicos Católicos

“Na minha percepção -disse Dr. Claudio Bernardo no site da Arquidiocese de Brasília- nossa cultura ocidental está trocando a ética por uma pauta moral sem fundamentação lógica ou sistêmica traduzida na expressão ‘politicamente correto’, construída em lugar incerto e não sabido por pessoas que não dão as caras.

Nesta onda, vai toda a sociedade, ou parte dela. Os médicos não ficaram fora desta influencia desastrosa. As mudanças no Código de Ética Médica, feitas nas últimas décadas, são preocupantes.

Assim, é importante que nós, médicos, manifestemos o compromisso com os princípios que sempre foram o sustentáculo da dignidade da nossa profissão.

Além disso, a Arquidiocese, que tem a verdade científica como um aspecto da sabedoria de Deus, manifestou-nos a necessidade de ter sempre atualizadas as suas informações sobre os avanços da ciência médica.

Em acréscimo, nós médicos católicos apreciamos muito a nossa convivência, inclusive para trocar experiências clínicas e ajuda mútua nas nossas atividades profissionais e filantrópicas”.

Desafios do médico católico

Claudio Bernardo relembra no site os desafios do médico católico: “Quando eu me formei, o Código de Ética Médica dizia que o trabalho do médico somente deveria beneficiar o paciente e o próprio médico. Hoje, isto soa como um delírio. O trabalho do médico está inserido, debilmente, numa rede de interesses econômicos e também políticos. O corpo médico perdeu muito de sua força e dignidade. Seu trabalho é, via de regra, comandando por empresas e pelos interesses políticos dos governos. Ele próprio tende a supervalorizar a sua remuneração, como medida do sucesso e recompensa profissional.

Corpo humano: coisa sagrada

Outro desafio é apontado por Cláudio Bernardo: “conviver com a banalização da vida e do corpo humano. A sacralidade da vida e do corpo humano é o que tornava a medicina uma ciência especial.

Hoje, temos a impressão que o corpo – desde o ovo – de um animal em extinção parece mais importante que o humano. Certamente o ovo da tartaruga é mais protegido que o humano. Isto parece confundir também parte dos médicos e da população.

As pessoas somente percebem isso quando precisam muito de um médico que as trate como coisa sagrada, de valor absoluto.

O terceiro desafio

“O terceiro desafio que me ocorre é a ampla circulação das informações médicas. Isto tem um impacto muito positivo, mas também tem trazido problemas para os médicos. Sim, porque esta circulação geralmente vem pela mídia, que, como sabemos, vende audiência e tem nela seu patrimônio.

Assim passa informações impactantes com objetivo maior de atrair atenção, muitas vezes com promessas de curas que são somente possibilidades.

A educação em saúde é outra coisa. O próprio erro médico é tratado de forma sensacional e, por vezes, muito injusta. De qualquer forma, a internet provocou grande mudança nos conhecimentos dos pacientes, paralelamente ao que lhe passa o seu médico, e também como fonte de instrução dos próprios médicos. Ou seja, vieram oportunidades e desafios que temos que enfrentar, sem saudosismo”, conclui o diretor da AMCB. (JSG)

 
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