Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 11/12/2015, Gaudium Press) – As palavras proferidas pelo Papa Francisco quando da abertura da Porta Santa em Bangui, na República Centro-Africana, chamaram a atenção da opinião pública mundial sobre os países que vivem em estado de guerra:

“O Ano Santo da Misericórdia chega antes nesta terra. Uma terra que sofre há muitos anos com a guerra e o ódio, a incompreensão, a falta de paz.

Mas nesta terra sofredora, também estão todos os países que estão vivendo a cruz da guerra.

Todos pedimos paz, misericórdia, reconciliação, perdão, amor. Para Bangui, para toda a República Centro-Africana, para o mundo inteiro, para os países que sofrem com a guerra, pedimos a paz!”.

Agora, durante o Jubileu da Misericórdia em países como a Síria, a Líbia, o Iraque, o Iêmen, e também em países onde a guerra continua sendo uma realidade de cada dia como Tunísia, Gaza, Sarajevo, Ucrânia e Crimeia, serão abertas Portas Santas da Misericórdia.

Síria

No dia 13 de dezembro, em coincidindo com a abertura da Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, em Roma, serão abertas três Portas Santas. Uma na cidade de Aleppo, que há três anos vive no centro dos bombardeios e batalhas entre o exército de Assad, os rebeldes e os jihadistas do chamado Estado Islâmico.

A Porta Santa de Aleppo estará na paróquia de São Francisco, no bairro de Aziziyeh, atingida por uma granada no final de outubro. Outras duas portas serão abertas no país: uma em Damasco e outra em Latakia.

Iraque

Nos entornos de Irbil, capital do Curdistão iraquiano, no bairro cristão de Ankawa, o arcebispo caldeu Dom Bashar Warda abrirá a Porta Santa na Catedral de São José.

Uma pequena Porta Santa será aberta também no vilarejo de Enishke, nas montanhas entre Zakho e Dohuk, no extremo norte do Curdistão iraquiano.

Trabalha-se ainda para que possa ser aberta uma “barraca santa” nos acampamentos dos desabrigados e deslocados.

Em Bagdá, a Porta Santa será aberta em 19 de dezembro pelo patriarca Dom Mar Sako, na primeira catedral do Iraque dedicada a Nossa Senhora das Dores.

Líbia

A Porta Santa neste país dividido por conflitos sangrentos será aberta em 11 de dezembro, na catedral de São Francisco, em Trípoli. Ela será aberta pelo vigário coadjutor, padre George Bugeja.

A situação de violência e tensão na Líbia obrigou muitos trabalhadores estrangeiros, como os filipinos, que compõem a comunidade cristã local, a abandonar o país.
Em Benghazi, segunda cidade do país, devido à delicada situação, não haverá celebração.

Ucrânia e Crimeia

Nos territórios ainda não pacificados de Donbass, onde o conflito provocou a morte de mais de mil civis e o deslocamento de mais de 700 mil pessoas, a Porta Santa do Jubileu será aberta na Catedral de Kharkiv e na co-catedral de Zaporizhya, em 13 de dezembro.

Não haverá Portas Santas nas autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e de Lugansk.

Em 13 de dezembro, na Crimeia, região ucraniana anexada à Rússia, será aberta a Porta Santa na catedral de Odessa, na co-catedral de Simferopoli e nas igrejas de Bilgorod-Dniestrovski, Balta, Kirovograd, Nikolaiv, Kherson.

Tunísia

A Porta Santa será aberta em Túnis em 13 de dezembro.
A cidade continua em estado de alerta após os recentes atentados e a Porta será aberta pelo arcebispo Dom Ilario Antoniazzi, na catedral de São Vicente de Paoli.

Palestina

Em Gaza, a Porta Santa será aberta no dia 20 de dezembro pelo patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, na pequena paróquia da Sagrada Família.

Bósnia-Herzegóvina

Ainda com sinais visíveis da guerra dos anos 90, em Sarajevo, será o cardeal Vinko Pulji? que abrirá, em 13 de dezembro, a Porta Santa na Catedral do Sagrado Coração. (JSG)