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O que levou três jovens a deixar tudo e tornar-se freiras?
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 03/02/2016
 
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Cidade do Vaticano – (Quarta-feira, 03/02/2016, Gaudium Press) – Como é que alguém decide estar todo sua vida em um convento e dedicar-se à oração e ao serviço dos demais?

Este é o mistério da vocação.

Para muitos tudo começou na família. Para outros o convencimento da vocação surge ao longo da juventude. E para outros ainda, a vocação se manifesta em um momento concreto.

Três religiosas que estiveram no encerramento do Ano da Vida Consagrada tiveram a oportunidade de reviver a experiência de conhecer a vocação que as levou à vida religiosa.

Elas falaram à RomeReports com desenvoltura e segurança. Suas palavras são um testemunho só:

“No ano em que Santa Teresa de Ávila, a grande doutora da Igreja, em 82 estava comemorando o centenário, deram uma palestra a freiras de vida ativa, ocasião em que um sacerdote carmelita falou-nos sobre “As Moradas”.

Ouvindo padre Eugenio Saenz de Baranda falar das “Moradas”, eu me identifiquei com esse carisma que é ser carmelita descalça, e por isso estou no Carmelo”.

Foi o que disse Madre Verônica da Santa Face, atualmente monja carmelita descalça.

Já a Irmã Rosa, que pertence à Congregação das Irmãs Josefinas da Caridade, o encontro com a vocação se deu de outro modo:

“Não encontrava na vida ordinária o que me satisfizesse. Então eu procurei o que me completasse.

Tornei-me catequista. E logo fui descobrindo o que necessitava, encontrando o que procurava.

Em certa ocasião, assistindo a uma ordenação sacerdotal, surgiu em meu espírito o discernimento do que procurava. Descobri que queria ser religiosa”.

Para Madre Verónica e para a Irmã Rosa não lhes faltaram obstáculos no caminho que as conduzia ao atendimento da voz interior que as convidava a atender um chamado para a vida religiosa, consagrada a Deus.

Também a Irmã Maribel, que é uma religiosa da Congregação das Josefinas da Caridade, encontrou dificuldades em seu caminho.

Ela tinha apenas 16 anos quando quis dar o primeiro passo na caminhada rumo a sua vocação.

As dificuldades foram grandes: sua família não entendia a vocação que Deus havia colocado em seu coração.

Além de suas orações, a ajuda providencial de um sacerdote e de uma amiga, foi fundamental para que seus pais permitissem que ela viajasse. E ela acabou indo do Peru para o convento de Vic, na Espanha.

Irmã Maribel conta: “Enganei meus pais… disse-lhes que umas pessoas viriam lhes ver da parte de minha irmã que era carmelita. Eles queriam saber como estavam, etc.

As três da tarde de um dia combinado chegaram os visitantes. Era um sacerdote e minha amiga. Na verdade, eles vinham para falar de minha vocação…

Eu me lembro de que tinha medo: o que será que me vão dizer? …

Fiquei num canto, com medo e pensando: e se não me dão licença não posso ir para o convento…

O sacerdote conversou com meu pai longamente. E o desfecho logo surgiu: meu pai perguntou: E se ela não se acostuma? As respostas o deixaram tranquilo.

Meu irmão mais velho, no início, também não queria minha ida para o convento.

Eu fui fazer uma experiência em Lima, no aspirantado, e ele me escrevia e sempre me dizia que voltasse. Eu lhe ajudarei a estudar, dizia.

Volte, não vais te acostumar…. Aí vão te explorar, volte!

Eram coisas assim”.

Acontece é que, estando já nos mosteiros, as dúvidas, os problemas externos voltam a aparecer para algumas dessas pessoas vocacionadas que, então, têm que confirmar o discernimento e escolha que fizeram. Devem dar uma resposta muito pessoal: se podem ou não continuar com sua vida religiosa.

Madre Verônica é quem nos fala disso:

“Claro, é lógico que tive dúvidas também pelo caminho. Para mim a provação veio sobretudo em um momento difícil, uma grande dúvida pela qual tive que enfrentar a nível de família.

Aí foi uma ocasião em que comecei a cambalear. Pensei que seria melhor sair do convento para ajudar a minha família, que estava passando por grande necessidade”.

Mas, para Madre Verônica e para tantas outras almas vocacionadas que tiveram sua provação interior, tudo passou. Foram pedras no caminho. Dificuldades que foram superadas, vencidas, para que um dia pudessem ser contadas, para a maior gloria de Deus.

A prova disso é a viagem que agora essas religiosas fizeram a Roma para reafirmar-se na vida para a qual um dia Deus as chamou, entre muitos. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com RomeReports)

 
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