Roma – Itália (Quinta-feira, 25-02-2016, Gaudium Press) Situada
na Vía Casilina em Roma se encontra uma antiga catacumba: a dos santos
mártires Marcelino e Pedro. Este lugar, desde janeiro e por ocasião do
Ano Santo, é possível visitar através de um percurso que convida a
descobrir a mensagem de amor e misericórdia a partir da arte e da Fé.

“Por
ocasião do Ano da Misericórdia as Catacumbas dos Santos Marcelino e
Pedro propõem aos peregrinos um percurso jubilar nas Catacumbas. De
fato, cada último domingo do mês às 16h, será possível visitar as
Catacumbas e observar belíssimos afrescos que são documentados através
das Sagradas Escrituras”, comenta Angela Di Curzio, guia oficial das
catacumbas, em um vídeo promocional.

Este
percurso jubilar, que conta com o patrocínio do Instituto Cavanis e da
Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra, foi recentemente instalado
graças à restauração que receberam as pinturas paleocristãs que por
séculos decoraram as catacumbas dos santos mártires.

Tal
como informou a agência EFE os afrescos constituem o que hoje é um
vasto enclave arqueológico de dois hectares que hoje recobrou todo seu
brilho. Desde janeiro a Catacumba dos Santos Marcelino e Pedro acolhe
uma peregrinação jubilar. As visitas são realizadas a cada último
domingo do mês com a observação de belíssimos afrescos recentemente
restaurados após um ano de trabalhos de restauração que foram realizados
com técnicas a laser. Um dos espaços com maior valor artístico, mas
sobretudo religioso, é a cripta de Pedro e Marcelino, que conservaram
por muito tempo os corpos dos Santos.

A
história do martírio destes primeiros cristãos se remota aos tempos do
imperador Diocleciano. Ambos eram testemunhas valentes de vida cristã.
São Marcelino era um sacerdote muito apreciado, enquanto que Pedro, um
homem muito piedoso com dons especiais, entre eles o de expulsar
demônios. De acordo com a tradição, durante a perseguição se acusou a
Pedro de ser inimigo dos deuses do Império, já que pregava com muito
entusiasmo. Por sua vez, Marcelino ajudava a Pedro dando doutrina aos
novos cristãos.

Diante destes fatos
os governadores mandam prender aos Santos dizendo-lhes que se não
oferecessem incenso aos deuses seriam condenados à morte, a qual chegou
no ano 304. Narra-se que ambos santos, antes de morrer decapitados,
deveriam escavar com suas mãos seus próprios túmulos. O lugar do
martírio era por então conhecido como Selva Negra, mas após a morte dos
santos recebeu por nome Selva Cândida.

Após
encontrar o lugar do martírio, que foi revelado pelo mesmo verdugo dos
santos que se converteu, seus corpos foram enterrados em uma catacumba
em Roma, sobre a qual, no tempo do imperador Constantino, foi edificada
uma Basílica em sua honra. O mesmo Constantino sepultou neste lugar a
sua mãe, Santa Helena.

As catacumbas
foram abertas pelo Papa Damaso I -cujo pontificado ocorreu entre os anos
366 e 384-, que recordou em um epitáfio: “Estes mártires já foram
venerados pelos primeiros cristãos”.

Para
ingressar hoje a este lugar é necessário entrar na Paróquia dos Santos
Marcelino e Pedro, passando por um corredor externo que se localiza no
pátio da Igreja. Elas estão constituídas por 18 mil metros quadrados.
Acredita-se que em toda esta área foram sepultados umas 15 mil pessoas
durante o século III.

A próxima peregrinação jubilar será no domingo 28 de fevereiro. (GPE/EPC)