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Padre Ronchi, nas meditações da quaresma: perdoar é recolocar em caminho uma vida
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 10/03/2016
 
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Ariccia – Itália – (Quinta-feira, 10/03/2016, Gaudium Press) – “Jesus ergueu-Se e disse-lhe: Onde estão eles? Ninguém te condenou? ” (Jo 8, 10).

Esta foi a “pergunta aberta do Evangelho” que serviu de tema para o Padre Ermes Ronchi nas suas reflexões da tarde do quarto dia dos Exercícios Espirituais que ele está pregando em Ariccia para o Santo Padre e membros da Cúria Romana.

O perdão de Deus “é amor autêntico” que ajuda o homem a transformar-se “no melhor daquilo que pode ser” – foi a partir deste fundamento que o Padre Ermes desenvolveu a meditação.

A passagem da mulher adúltera citada no trecho do Evangelho de São João foi ignorada durante séculos pelas comunidades cristãs: esse trecho mostra a misericórdia de Deus tão claramente que “escandalizava”. Era o “escândalo da misericórdia de Deus”, disse o padre Ronchi.

O Evangelho não diz o nome da mulher. Ela é desconhecida, mas “representa todos”.

O Pregador lembrou Santo Ambrósio que afirmava que onde há misericórdia ali está Deus; onde há rigor e severidade talvez existam ministros de Deus, mas não Deus.

O cristianismo é abraço entre Deus e o homem.

Jesus ergue-se diante da mulher adúltera, “como quem se levanta perante uma pessoa importante”.

Ali estava descrita a proximidade com a fragilidade, disse Padre Ronchi:

“É a cura dos frágeis, é a cura dos últimos, dos portadores de deficiências e a atenção às pedras descartadas que indicam o grau de civilização de um povo, não as proezas dos fortes e dos poderosos”.

Naquele trecho do Evangelho foi rompida a ideia de um Deus que “condena e vinga, justificando a violência”.

Jesus realiza “uma revolução radical”:

“Um Deus nu, na cruz, que perdoa, será o gesto comovente e necessário para desativar o pavio das infinitas bombas sobre as quais se sentou a humanidade” – enfatizou o pregador Padre Ronchi. Para ele, Deus perdoa “não como alguém sem memória”, mas como um Deus que deseja libertar.

O perdão não é ostentar benevolência, “mas recolocar em caminho uma vida”, ressaltou o Padre Ronchi. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

 
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