Roma – (Segunda-feira, 25-04-2016, Gaudium Press) – O documentário “Ukon, o Samurai” acaba sendo um modo de expressar publicamente um agradecimento pelo fato de a Igreja Católica ter reconhecido o Samurai Takayama Ukon como mártir.
Ukon nasceu em 1552, poucos anos depois das missões pregadas por São Francisco Xavier. Seu pai foi um dos primeiros católicos do país e batizou Ukon
Trata-se de um dos principais nobres samurais do Japão do século XVI e uma das principais figuras do cristianismo japonês. Pela sua importante posição social, Takayama Ukon converteu muitos de seus vassalos.
A diretora do documentário, Lia Beltrami, diz que “Muitos dos nobres japoneses fizeram-se cristãos. Depois Takayama converteu-se em um dos principais do império e todos seus servos converteram-se à fé católica”.
Mas nada evitou que o Samurai cristão saísse do país por causa de uma das mais duras perseguições religiosas da história que assolou o país do ‘sol nascente’.
Takayama refugiou-se por isso nas Filipinas, onde tornou-se um dos principais católicos do país.
“Depois de sua morte nas Filipinas, Ukon foi honrado com funerais de Estado. E foi reconhecido imediatamente como santo.
Ele era tão querido e tido como um ‘servo fiel a Deus’ que os filipinos erigiram em sua homenagem um monumento.
E, nas Filipinas, Takayama Ukon é conhecido por todos os católicos, mais até que no Japão”.
Ao contrário dos nobres japoneses de sua categoria, Takayama Ukon não praticou o costume pagão do haraquiri. Ele morreu, naturalmente, por motivo de uma enfermidade, porém, é considerado mártir. E isso por causa da feroz perseguição e tormentos pelos quais teve que passar em defesa de sua Fé Católica.
Os promotores do filme documentário têm a esperança de que divulgação da história do samurai mártir ajude os jovens japoneses a conhecer sua história e assim possam tê-la como exemplo.
A Beatificação de Takayama Ukon pode ser já no próximo ano. (JSG)