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Igreja de Guarabira (PB) encerra fase diocesana do processo de beatificação do Padre Ibiapina
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 30/05/2016
 
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Guarabira – Paraíba (Segunda-feira, 30-05-2016, Gaudium Press) O distrito de Santa Fé, no município de Solânea, na Paraíba, acolheu neste domingo, 29 de maio, a celebração que marcou o encerramento da fase diocesana do processo de beatificação do Padre José Antônio Maria Ibiapina.

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A cerimônia, presidida pelo bispo da Diocese de Guarabira, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, contou com a presença de milhares de fiéis paraibanos, que tiveram a oportunidade de conferir a urna com os restos mortais do Servo de Deus, exposta e novamente depositada na capela do Memorial que leva o nome do Padre Ibiapina.

Removidos para exumação em oportunidades passadas, os restos mortais, desta vez, foram exumados em caráter definitivo com direção de membros da Congregação para Causas dos Santos do Vaticano, em Roma.

A exumação faz parte do processo de estudo para reconhecer oficialmente a santidade do religioso.

Gaudium Press 4.jpgSendo assim, o recipiente foi levado para a parte interna da igreja ao final da Santa Missa. Depois de ser colocada em um túmulo aos fundos da pequena capela, o espaço continuará aberto para visitação dos fiéis.

Os trabalhos de suplementação processual foram dirigidos pelo postulador da causa, o italiano Paolo Vilotta, e pelo Padre Paolo Lombardo, membro da Congregação para Causa dos Santos.

Ao longo dos últimos dez dias, os representantes de Roma ouviram testemunhas e coletaram documentos que serão anexados ao processo que agora, encontra-se na Santa Sé.

Por sua vez, as atividades suplementares ocorreram na cúria diocesana de Guarabira com a supervisão do bispo Dom Lucena, além do auxílio dos padres Joanderson Lira, na condição de juiz do Tribunal Eclesiástico, do promotor Padre Gaspar Rafael e o notário Padre Alípio Morais.

A exumação dos restos mortais do Padre Ibiapina

No último dia 22 de maio, foi realizada a exumação dos restos mortais do corpo do sacerdote, que viveu entre 1806 e 1883. O processo ocorreu no Memorial de Santa Fé, sendo acompanhado por representantes do Vaticano.

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Considerada uma das etapas do processo de beatificação, o bispo Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, da Diocese de Guarabira, explicou que no trabalho, “consta a exumação dos restos mortais do corpo e a colocação dele no lugar propriamente eclesiástico, sob os cuidados da Igreja”. “Estamos cumprindo todas as etapas”, completou.

A verificação dos restos mortais do presbítero foi feita por aproximadamente oito pessoas, sendo elas os técnicos de Roma, os padres Paolo Lombardo e Paolo Vilotta, que inclusive, participaram de outros processos de beatificação no Brasil, como os de Nhá Chica, Irmã Dulce, Irmã Benigma e Irmão Victor.

No local, quem acompanhou o processo da retirada dos restos mortais do Padre Ibiapina se emocionou. “Foi de fato muito marcante, dentro de um rito litúrgico. Quando se quebrou a pedra e abrimos a urna onde estavam os restos mortais do Servo de Deus, fizemos orações e louvamos a Deus”, comentou o bispo Dom Lucena.

Coleta de documentos para o processo de beatificação

No dia seguinte, 23 de maio, o Tribunal Eclesiástico e a Comissão Notária para o processo de beatificação de José Antônio Maria Ibiapina iniciaram os trabalhos de escuta e coleta de provas.

Visto este como um dos passos mais importantes no processo de beatificação, coube ao Tribunal Eclesiástico, constituído em comissão pelos padres Joanderson Lira (juiz), Gaspar Rafael (promotor) e Alípio Morais (notário), interrogar pessoas que contribuíram com os trabalhos através de depoimentos sobre a vida e a religiosidade do sacerdote.

Assim, com base nesses depoimentos, foi redigida a documentação histórica do candidato à beatificação, enviada posteriormente a Roma.

Padre José Antônio Maria Ibiapina

Gaudium Press.jpgNascido na Vila de Sobral, hoje histórica cidade da Região Noroeste cearense recebeu ordens aos 47 anos, iniciando uma obra missionária, visitando várias regiões do Nordeste, além de ter erguido inúmeras casas de caridade, igrejas, açudes e outras obras em diversas cidades do interior.

Logo cedo, aos dez anos de idade, sua família mudou-se para a vila de Icó. Lá, seu pai passou a exercer a função de tabelião público. Então, completou sua educação primária na escola do professor José Felipe.

Depois de um certo tempo, mudou-se com a família para a cidade do Crato, passando a estudar com o professor José Manuel Felipe Gonçalves. E após a nova mudança da família para Fortaleza e a morte de sua mãe, resolve então ingressar no Seminário de Olinda.

Padre Ibiapina teve mais duas passagens pelo Seminário de Olinda, sendo a última a qual permaneceu para completar seus estudos, e desta forma, se ordenar padre em 1853, optando pela vida missionária e começando uma grande peregrinação pelo sertão nordestino, praticando obras sociais e socorrendo os mais necessitados.

Além de ter pregado e orientado na promoção de reconciliações, também fez parte das construções de obras como açudes, igrejas, casas missionárias, cemitérios, dentre outras, durante o período em que peregrinou por estados como Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba.

O presbítero faleceu no distrito de Santa Fé, então no município de Arara e hoje pertencente à Solânea, cidade do Brejo da Paraíba, aos 76 anos, deixando seu legado de Fé e solidariedade para com os mais pobres.
Em todos os anos, várias romarias chegam ao Santuário de Santa Fé, no distrito de Santa Fé, mais precisamente no dia 19 de fevereiro, dia de sua morte.

No Santuário, os fiéis podem encontrar não apenas o túmulo o qual o padre foi sepultado como também a casa onde ele morreu e um museu com peças de época usadas pelo Padre Ibiapina. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Diocese de Guarabira

 
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