Nova York – USA (Quinta-feira, 01/06/2016, Gaudium Press) – Segundo afirma Dom Joseph Bagobiri, Bispo nigeriano de Kafanchan, no norte da Nigéria, entre 2006 e 2014, foram mortos por volta de 11.500 cristãos. Além disso, outros 1,3 milhões foram obrigados a deixar suas casas e 13 mil igrejas foram destruídas ou tiveram de ser abandonadas.
As informações de Dom Bagobiri serviram para ilustrar uma conferência realizada na sede geral das Nações Unidas, em Nova York e que teve a denominação de “O impacto da violência persistente da Igreja no norte da Nigéria”.
Os Mais Atingidos
Os Estados do norte da Nigéria são os mais visados e atingidos pela perseguição desencadeada de um modo sem precedentes.
As comunidades mais afetadas pela violência da seita islâmica Boko Haram são as dos estados setentrionais de Adamawa, Borno, Kano e Yobe.
Ali, as comunidades cristãs obrigadas a fugirem emigram para Estados de maioria cristã localizados no chamado Middle Belt. Fazem parte deste “cinturão do meio” os Estados de Plateau, Nassarawa, Benue, Taraba e a parte meridional de Kaduna.
Segundo disse o Bispo em sua palestra, nos últimos meses, no entanto, estas áreas foram atingidas pelas violências dos pastores Fulani:
“As comunidades cristãs nos estados de maioria cristã da Middle Belt são as mais atingidas por ataques e invasões dos pastores muçulmanos Fulani. Esta é uma evidente invasão estrangeira de terras ancestrais de cristãos e de outras comunidades minoritárias”.
Genocídio
“Nestas áreas do Middle Belt os pastores Fulani amedrontam incessantemente várias comunidades, extinguindo algumas, e, em lugares como Agatu, no estado de Benue e Gwantu e Manchok, no de Kaduna, estes ataques assumiram carácter de genocídio, com 150-300 pessoas mortas numa noite”, sublinhou.
Da ONU, Dom Bagobiri lançou um apelo à comunidade internacional para que exerça pressões sobre as autoridades nigerianas a fim de que garantam liberdade de culto aos cristãos do norte da Nigéria, e atendam as emergências humanitárias das populações deslocadas. (JSG)