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Igreja no Brasil celebra a memória da “Maria Goretti brasileira”
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 15/06/2016
 
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Imaruí – Santa Catarina (Quarta-feira, 15-06-2016, Gaudium Press) Os fiéis brasileiros, mais precisamente do sul do país, tem motivos para celebrar neste dia 15 de junho. A memória de Albertina Berkenbrock, conhecida por muitos como a “Maria Goretti brasileira”, é recordada até hoje pelos seus atos heroicos em defesa da Fé e da própria vida.

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A especial devoção a Nossa Senhora

A jovem menina, moradora do sul do Brasil, e que tivera sido martirizada por defender a sua virgindade, nasceu em 11 de abril de 1919, na cidade interiorana de Imaruí, em Santa Catarina.

Albertina era filha de humildes agricultores, que desde cedo ajudaram-na concedendo uma formação católica. Quando pequena, aprendeu orações e assim, passava os dias a rezar mantendo sua alegria e temor a Deus.

Em seguida, começou a participar da vida religiosa de uma comunidade local. Um dos seus grandes desejos na época era o de receber a Primeira Comunhão. E quando este dia chegou, o classificou como um dos mais belos de sua vida.

A pequena religiosa possuía hábitos diferentes das demais crianças. Ao invés de brincar da mesma forma como as demais faziam, preferia passar os dias se confessando e participando da Eucaristia. E foi lá que ela se sentia mais à vontade.

O episódio trágico

Com o passar do tempo, Albertina criou uma devoção especial Nossa Senhora, rezando intensamente o rosário. Da mesma forma, cultivou devoção ao padroeiro de sua comunidade, São Luís. Este fato foi visto como uma “coincidência providencial”, uma vez que ele é considerado um modelo de uma juventude levada com pureza espiritual e corporal.

Contudo, um episódio lamentável mudou os rumos de sua vida. Em 15 de junho de 1931, Albertina, aos 12 anos, ofereceu o seu grande testemunho escolhendo preservar a sua pureza espiritual e corporal.

Naquele dia, o seu pai havia lhe pedido para procurar um animal que estava perdido. E no meio do caminho, Albertina se deparou com seu malfeitor, Maneco Palhoça, como era conhecido por todos na região.

Então, a jovem perguntou a ele se por acaso sabia o paradeiro do animal que procurava. Logo, homem indicou a menina um caminho falso. A pobre menina acreditou e seguiu as instruções daquele rapaz. Porém, quando chegou ao local, viu que aquilo não se passava de uma armadilha. Nesta hora, Maneco reapareceu e usando a força bruta, tentou estuprá-la.

Foi um verdadeiro sufoco para Albertina. E mesmo assim, preferiu resistir bravamente e não ceder aquilo que tinha de maior valor, que era a sua virgindade. E mais do que isso, o seu compromisso com Deus.

Depois de inúmeras investidas, ela foi derrubada ao chão. Tentando se cobrir o máximo que pôde com seu vestido, impedia que Maneco a abusasse. Ao perceber que seu esforço era inútil e tomado pela ira, resolveu apunhala-la com um canivete em seu pescoço, degolando Albertina e tirando a vida de uma jovem menina que tinha um caminho religioso a seguir.

O crime cometido e a acusação injusta

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Desesperado após cometer o crime, Maneco escondeu o canivete e às pressas, foi avisar aos familiares de Albertina, dizendo que ela tinha sido assassinada. Embora cercado sob muitas suspeitas, desvencilhava de possíveis acusações, alegando que outro indivíduo a teria matado daquela forma.

Em meio as investigações, um homem chamado João Cândido chegou a ser preso, sendo acusado de forma injusta. Naquele momento, Maneco estava livre de suspeitas, mas não do peso de sua própria consciência.

No velório de Albertina, os moradores de Imaruí prestaram não somente solidariedade à família da pequena religiosa como também algumas homenagens. Neste dia, eis que Maneco apareceu, e olhando constantemente o caixão no qual se encontrava o corpo da jovem, se mostrava impaciente. O assassino não parava de ir e vir na sala do velório.

O sangue na ferida de Albertina

Em um instante, quando parecia que nada mais iria acontecer, houve uma cena curiosa: ao se aproximar do caixão, a ferida no pescoço de Albertina começou a sangrar novamente. O fato, assistido pelo público presente no velório, repercutiu por toda a cidade, chegando ao então prefeito. Logo quando descobriu a verdade, mandou que soltassem João Cândido e, com ele, pegou um crucifixo na capela.

Os dois seguiram até o velório e a cruz foi colocada sobre o peito da menina. João, profundamente triste com a morte de Albertina, colocou-se de joelhos e, com as mãos no crucifixo, jurou ser inocente da acusação. Naquele momento, a ferida parou de sangrar. Novamente, todos da região catarinense ficaram espantados com mais esta demonstração de Fé.

Enquanto isso, Maneco Palhoça estava foragido. Mas durante sua fuga, foi preso e não teve outra escapatória a não ser confessar seu crime brutal, esclarecendo que Albertina não cedeu à sua intenção de manter relações sexuais pelo fato de não querer entrar em pecado.

A beatificação da “Maria Goretti Brasileira”

Enfim, com a resolução desta história, uma nova começava a surgir, mas desta vez com um final feliz.

Com os moradores sendo testemunhas dos feitos milagrosos de Deus em Albertina, a fama de martírio da menina não demorou muito para começar a circular por todo o município. As pessoas que eram mais próximas dela e que sabiam de sua educação baseada nos valores cristãos, assim como seu amor à família e ao próximo, tiveram a certeza de que seu bom comportamento, piedade e caridade eram resultantes de uma Fé inabalável.

Mesmo sendo reconhecida há anos como a “Maria Goretti Brasileira” – em referência a jovem italiana de 11 anos que tivera morrido pelo mesmo motivo, 29 anos antes -, Albertina Berkenbrock foi proclamada Bem-Aventurada em 20 de outubro de 2007, pelo então Papa Bento XVI.

No site dedicado à beata, diz que a partir deste momento, “seu corpo está manchado de sangue (…) Sua pureza e virgindade, porém, estão intactas”. (LMI)

 
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