Nova York – Estados Unidos (Sexta-feira, 17-06-2016, Gaudium Press) O Observador Permanente da Santa Sé diante da Organização das Nações Unidas, Dom Bernardito Auza, presidiu um evento convocado pela Igreja sob o título “A Importância da Maternidade e a Paternidade”, no dia 1º de junho. O encontro destacou os vitais benefícios da família e o transcendente papel dos pais de família não apenas para esta instituição mas para a sociedade em geral.

“O bem-estar da família é decisivo para o futuro do mundo”, expressou Dom Auza citando as palavras do Papa Francisco. O prelado recordou que a família é “a escola da gramática da existência humana” na qual pai e mãe educam aos filhos que se beneficiam de seu “trabalho complementário em equipe”.

A instituição da família foi destacada como a “escola do amor” pelos palestrantes, que chamaram a atenção sobre as preocupantes mudanças demográficas no mundo, que incluem um menor número de filhos, menos matrimônios e mais coabitação e pais solteiros. Brad Wilcox, sociólogo e diretor do National Marriage Project, indicou que as investigações demonstram que o maior êxito no desenvolvimento dos filhos se produz nos lares com um pai e uma mãe.

Wilcox acrescentou que as crianças necessitam estruturas familiares estáveis e citou cifras do impacto sobre a saúde e a conduta dos filhos diante da ausência de um dos pais. “Existe uma enorme dor de ausência do pai no coração de nossa sociedade”, advertiu, fazendo um chamado a uma mudança cultural nesta matéria.

Outros palestrantes refletiram sobre o importante papel das mães e destacaram como inclusive fisicamente a maternidade dota as mulheres de uma maior percepção sensorial, capacidade de atenção e recursividade que lhes permitem desenvolver habilidades como a flexibilidade e a resolução de conflitos, que também são postos em benefício da comunidade e do mundo.

Foram analisados temas como os desafios do abuso das novas tecnologias que alteram a relação entre pais e filhos. Os especialistas recomendaram o guia e controle dos pais apesar da brecha tecnológica e alertaram sobre o incremento do consumo dos conteúdos através destes meios. As crianças chegam a dedicar até oito horas diante de algum tipo de tela enquanto que ficam por volta de 34 minutos em contato direto com seus pais. (GPE/EPC)