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Patriarca Emérito Latino de Jerusalém fala sobre sua saída e os desafios de seu sucessor
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 06/07/2016
 
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Jerusalém – Israel (Quarta-feira, 06-07-2016, Gaudium Press) O Patriarca Emérito Latino de Jerusalém, Sua Beatitude Fouad Twal, concedeu sua primeira entrevista ao informativo do Patriarcado Latino de Jerusalém a partir da notícia de aceitação de sua renúncia por idade e a nomeação do Padre Pierbattista Pizzaballa, anterior Custódio da Terra Santa, como Administrador Apostólico. O prelado fez um balanço dos desafios que esperam ao Patriarcado no futuro imediato e esclareceu que sua missão sacerdotal continua.

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“Cheguei ao fim de minha missão como Patriarca, no entanto minha missão como sacerdote, amigo e cidadão continua”, explicou. Dom Twal comentou que ao observar o percurso de sua vida passada descobriu “a presença da mão de Deus, uma mão que nos salva, nos sustenta e outra mão que nos indica o caminho correto para continuar”. A retirada de seu apostolado como cabeça do Patriarcado lhe induz a pensar que é o momento de ser mais um espectador do que um protagonista.

Também destacou a experiência do novo Administrador Apostólico, que serviu como Custódio da Terra Santa por 12 anos e portanto tem um bom conhecimento da realidade local, além de ter sido Vigário do Patriarcado Latino para a comunidade de língua hebreia. Sobre a inquietação despertada pelo fato do Padre Pizzaballa não falar árabe, o Patriarca emérito manifestou sua confiança na boa vontade de todos os sacerdotes em ajudar ao seu novo prelado e recordou que na atualidade o número de fiéis estrangeiros na Terra Santa supera ao dos membros das comunidades de língua árabe. Os desafios destacados incluem o sustento de delicadas relações com os governos de Israel, Palestina e Jordânia.

Fazendo um balanço do estado atual da Igreja local, o Patriarca emérito descreveu a difícil situação dos cristãos na região, e o esquecimento dos crentes na Terra Santa devido a dramática situação em países vizinhos. “Ao novo Administrador, eu lhe diria que deve ter continuamente o valor de falar, de dizer a verdade, nada mais e nada menos”, comentou. “Há muitos que preferiram nosso silêncio, porque nosso discurso é incômodo. É necessário falar com cuidado e respeito, mas falar, criar consciência e alimentar estas relações que temos construído internacionalmente e ao longo do caminho”.

Finalmente o prelado recordou que a relação mais importante é “nossa relação com o Senhor, com nossos irmãos e nossas comunidades religiosas, esses são nossos maiores bens”. O Patriarca Twal anunciou que necessita descansar e habituar-se a um novo ritmo de trabalho, mas que permanece disponível para os Bispos e sacerdotes para ajudar-lhes no que seja possível em seu trabalho pastoral. Também anunciou que adotará “um estilo de vida mais consistente com sua idade” e que se propõem escrever um livro de memórias que possa “deixar como uma mensagem final”. “Estarei feliz e também mais livre para receber aos amigos”, concluiu. (GPE/EPC)

 
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