Lima – Peru (Terça-feira, 23-08-2016, Gaudium Press) Na ordenação dos Padres Luis Fernando Gonzales Castillo e Gustavo Adolfo Zamudio Morales e dos Diáconos Jan Thomas Lozano Trelles e Alfonso Julián Chircca, o Cardeal Arcebispo de Lima, Dom Juan Luis Cipriani Thorne, recordou alguns pontos da teologia do sacerdócio, e apresentou aos ordenandos as altas obrigações que essas dignidades comportam.
“Lhes peço essa disponibilidade, ter as 24 horas do dia para servir aos demais, para amar a Deus para atender a esses fiéis, para dar-lhes o pão, a palavra, os ensinamentos da Igreja. Nos diz São Paulo que esses encargos os recebemos pela misericórdia de Deus, não são melhores, nem piores mas o sacerdote e o diácono terão que dar conta da misericórdia de Deus”, expressou o purpurado aos novos diáconos e sacerdotes da Arquidiocese de Lima, no sábado, 20 de agosto, na Catedral Primaz.
O Arcebispo de Lima pediu aos novos ordenados a serem fiéis ao chamado que Deus lhes têm feito exercitando essa proximidade com Deus.
“Queridos diáconos e queridos futuros sacerdotes: temos que exercitarmos constantemente em ter essa proximidade com Deus, devemos a cada dia ter um plano ordenado para rezar, para meditar a palavra de Deus, para rezar o Ofício Divino, para que dessa maneira vá sendo mais familiar essa intimidade, com esse Cristo que me une dessa maneira tão impressionante à sua missão”.
Pobres e obedientes
Além disso, o Cardeal Juan Luis pediu aos novos ordenados para que vivam a pobreza e a obediência ao Bispo deixando-se ajudar por aquele que os chamou.
“Lhes pediu de maneira especial, temos que viver bem a pobreza, não podemos nos apegar ao dinheiro, nem a comodidade, temos que ser pobres e ajudar as pessoas pobres. Na liturgia cuidamos, como aqui na catedral, da casa de Deus, bonita, limpa mas nós em nossa vida pessoal, pobres, sem apegar-se, sem buscar o dinheiro, sem buscar a comodidade vendo a esses lugares onde as pessoas nos esperam, pobreza, coração limpo e apaixonado por Jesus para que dessa maneira possamos levar esse amor a um mundo frio, a uns jovens que buscam e querem encontrar essa luz, esse calor do coração do sacerdote”.
“A obediência, porque somos um corpo e o corpo deve obedecer a cabeça, obediência pronta e alegre ao Bispo, não somente obediência, amor, carinho, proximidade, é assim como cresce a Igreja, que tenhamos um particular amor aos enfermos, a comprometer-se em todas essas causas nas quais há que semear a paz no coração, e a paz social. Consolar aos aflitos, semear esperança entre os jovens. Por isso nessa parte humana do caráter, há que acalmar o caráter, nessa parte humana a humildade, somos diferentes mas temos que fazer tudo para todos, deixar-se ajudar, dar bom exemplo”.
Gritar ao mundo a realeza de Cristo
Mais adiante, o Arcebispo de Lima aproveitou a presença dos sacerdotes que concelebraram a Missa para recordar-lhes a missão que tem em meio de um mundo que se esquece de Deus.
“Queridos irmãos sacerdotes que boa ocasião para dar-nos conta que somos pessoas sagradas, uma condição que se tem que refletir em nosso modo de falar, de vestir, na boa educação, no respeito, no cuidado, este é o grande desafio da época, [que o povo] veja em seus sacerdotes a Cristo. Esta é a luz que hoje a Igreja nos pede aos sacerdotes, iluminem, sejam luz. Não sejam dúvida, sejam certeza. Não tenham medo, sejam fortes e derramem esse amor de Deus, é um desafio muito grande. Por isso nos diz São Paulo essa força tão extraordinária é de Deus. Tudo isto o repito, se nestes tempos não repetimos muito, Deus está conosco, Cristo está presente na Eucaristia, Jesus perdoa no sacramento da confissão, Jesus está ao nosso lado, a Igreja é corpo de Cristo, Cristo vive, temos que repetir muitas vezes diante dessa onda de secularismo, de pensar com essa superficialidade”.
Finalmente o Cardeal Juan Luis entregou à Santíssima Virgem Maria a vocação destes 4 jovens e agradeceu aos familiares a formação que deram aos seus filhos. (GPE/EPC)