Belém – Pará (Quinta-feira, 25-08-2016, Gaudium Press) O XVII Congresso Eucarístico Nacional (CEN 2016) foi encerrado neste domingo, 21 de agosto. No último dia do evento, que reuniu cerca de 600 mil fiéis durante diversos momentos oração e reflexão, o Cardeal Cláudio Hummes destacou a solenidade do dia, a Assunção de Nossa Senhora.

Na cerimônia de encerramento do Congresso Eucarístico, Dom Hummes afirmou que a festividade litúrgica “traz uma segura mensagem de esperança, de saber, da vitória definitiva do bem e não do mal, da vitória da vida e não da morte, da vitória do amor e não do ódio, da vitória da paz e da misericórdia e não da guerra”.

A imagem da “mulher vestida de sol renova sempre a mensagem da importância da mulher na vida da Igreja, na vida da sociedade, na vida familiar”, disse o Legado Pontifício nomeado pelo Papa Francisco para o Congresso Eucarístico em Belém.

“Esta importância da mulher que o Papa Francisco está procurando resgatar melhor”, lembrou. “Nossa Senhora é também a mulher eucarística, porque o corpo e o sangue de Jesus Cristo são fruto de seu ventre”, explicou.

Em seguida, Dom Cláudio garantiu que após o Congresso, os participantes retornam às suas casas “alegres e firmes na fé, anunciadores corajosos e missionários sem medo nem hesitação, assim como os dois discípulos de Emaús depois de reconhecerem Jesus Cristo ressuscitado no partir do Pão”.

Ao referir-se aos milhares de participantes que estiveram presentes nos momentos do evento, o Arcebispo Emérito de São Paulo pediu que não deixem que o fogo do Espírito Santo, renovado e “atiçado” pelo encontro pessoal e comunitário com o ressuscitado, se extinga. “Cada um de nós, segundo seu estado de vida e condições de trabalho, é solicitado a ser missionário/a em seu ambiente e em sua família. Mas nós, pastores, de modo muito particular, devemos assumir a missão que Cristo nos confiou”.

Ao recordar o Santo Padre, Dom Cláudio Hummes ressaltou o desafio que a atividade missionária representa para a Igreja e que deve ser “a primeira de todas as causas”, uma vez que vale “de forma bem determinante para a Igreja Missionária na Amazônia”.

Ainda conforme o Cardeal, as indicações do Papa Francisco consistem em uma renovação missionária que “só trará frutos de salvação se fizer surgir e desenvolver uma Igreja profundamente misericordiosa”.

“Anunciar Jesus Cristo e praticar a misericórdia. A misericórdia será o teste da autenticidade de nossa pregação”, acrescentou.

“Abrir a Igreja, saber derrubar muros e construir pontes para ir ao encontro de todos, consolar, abraçar, sorrir e chorar juntos, conviver e compartilhar, acender luzes na noite em que andam tantas pessoas desorientadas, enxugar lágrimas e curar feridas, é isto que o mundo espera de nós cristãos. É nisto que seremos reconhecidos como discípulos verdadeiros de Jesus Cristo”, exortou. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações CNBB