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Cardeal Sarah expõe a clero de Colombo, Sri Lanka, sobre Vida Litúrgica e Sacerdócio
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 26/08/2016
 
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Colombo – Sri Lanka (Sexta-feira, 26-08-2016, Gaudium Press) O Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Robert Sarah, dirigiu um discurso no dia 23 de agosto aos membros do clero da Arquidiocese de Colombo, Sri Lanka, sobre Vida Litúrgica e Sacerdócio. O texto de sua intervenção foi publicado pelo blog norte-americano ‘New Liturgical Movement’.

Cardeal Sarah expõe a clero de Colombo, Sri Lanka, sobre Vida Litúrgica e Sacerdócio.jpg

O Cardeal afirmou que apesar de ter sido chamado a servir como Bispo e depois como Cardeal, segue sendo a data de sua ordenação sacerdotal, 20 de julho de 1969, o ponto de referência. “Cada dia desde então, inclusive em momentos de perigo ou sofrimento, tem sido uma graça e um singular privilégio ser um sacerdote de Jesus Cristo”, declarou. “Queridos Padres, queridos irmãos no sacerdócio de Jesus Cristo, quanta bondade nos mostrou Deus Todo-Poderoso! Nunca jamais esqueçam o dia de sua ordenação sacerdotal sem importar que provas venham, sem importar que tão impossíveis desafios possam enfrentar”.

Sacerdócio a serviço da liturgia

O purpurado recordou a graça do Batismo que permitiu esta bênção, que em seu caso na Guiné foi possível graças a entrega e zelo dos missionários franceses da Congregação do Espírito Santo. Cada sacerdote é também batizado e a ele se aplicam todos os deveres dos demais crentes, recordou, citando as palavras de Santo Agostinho, que descrevia sua condição de Bispo não como um privilégio, mas como um peso, um serviço e inclusive um risco por uma maior responsabilidade diante de Deus.

“O Santo Padre está muito correto em insistir que a Igreja não é uma organização não governamental (ONG)”, afirmou o Cardeal. “Em seu lugar, a Igreja é a família de Deus e o Povo de Deus congregado por Ele para ser alimentado em seu Sacrifício Eucarístico para que possa ser uma verdadeira luz para as nações e realizar sua missão de chamar toda a humanidade ao lar da Igreja”. A centralidade da Eucaristia na vida da Igreja significa que esta é essencialmente litúrgica: “A Santa Eucaristia e a Sagrada Liturgia não são ‘extras’ acrescentados à Cristandade: são parte de seu mesmo tecido, de sua mesma essência”.

O Cardeal Sarah afirmou que “não se pode ser verdadeiramente cristãos sem participar na vida litúrgica do culto da Igreja, no coração da qual está o Sacrifício Eucarístico”. Isto significa para o sacerdote que é “antes de tudo um ministro da Santa Eucaristia, um homem reservado para o ministério litúrgico”. Cada cristão é também um “ser litúrgico”, mas esta condição é especialmente certa para o presbítero, assim que os sacerdotes devem estar adequadamente formados na liturgia sagrada para poder formar aos fiéis.

Além dos estudos e a formação, que são apenas um meio, os sacerdotes devem “viver a liturgia cada dia e em cada momento de nosso sacerdócio”, exortou o Prefeito. Por isto devem evadir a tentação de converter-se em funcionários cujo dever litúrgico se transforme em rotina, situação que representa um grave perigo para sua vocação. O Cardeal motivou cultivar um espírito de “admiração e descoberta” diante da liturgia para que cada dia signifique algo novo, “algo que é uma fonte constante de alimento para nossas vidas”.

Como renovar a admiração?

Para fazer isto possível, o Prefeito recomendou levar a cabo retiros anuais para sacerdotes onde a liturgia seja exemplar e se anime através de pregações, a consideração do Bispo. “No entanto, enquanto Sua Eminência o considera, cada um de nós pode dar um início individualmente, ou talvez com o apoio de um pequeno grupo de irmãos sacerdotes”, expressou. Outra recomendação do purpurado foi “tão frequente como seja possível, orem o Ofício Divino liturgicamente”, recordando que “o Ofício não é um texto para ser lido, mas um rito para ser celebrado”.

Da mesma forma, o Prefeito recomendou recitar as orações compostas para o momento no qual o sacerdote se reveste para a Eucaristia, republicadas no ‘Compendium Eucharisticum’ da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina em 2009. “Frequentemente nos revestimos de afã, como gente falando-nos de todo tipo de coisas. Mas isto não está certo!”, advertiu. Devemos deter-nos e focar-nos no que vamos fazer. Os ornamentos são ricos símbolos externos, e os sacerdotes não devemos nunca esquecer seu significado”.

O Prefeito também pediu fazer um exame de consciência sobre a liturgia e renovar a busca da beleza em cada elemento da celebração, assim cuidar da preparação e dos ritos devidos para os demais sacramentos, de forma que se celebrem de forma plena. “O minimalismo é o inimigo de viver a liturgia e extrair plenamente de suas riquezas”, alertou. “Quando celebramos a liturgia com devoção e generosidade, com preocupação pela beleza e o decoro, com uma Fé e um amor que permeia cada elemento dos sagrados ritos, estamos de fato orando a liturgia, não tanto com palavras mas com obras”.

O Cardeal concluiu recomendando aos sacerdotes ler seu recente discurso sobre a liturgia pronunciado em Londres, Inglaterra, recordando o sacrifício do Padre Jacques Hamel no altar da igreja de St Etienne-du-Rouvray, França, no dia 26 de julho, nas mãos de terroristas. O fato de que celebra a Eucaristia no momento de sua morte foi descrito pelo prefeito como um exemplo de fidelidade e uma consumação dos 58 anos de sacerdócio do presbítero que deve inspirar a manter a perseverança no culto divino até o final. (GPE/EPC)

 
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