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Três refugiados da Coreia do Norte encontram a Deus após deixar seu país
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 09/09/2016
 
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Pyongyang – Coreia do Norte (Sexta-feira, 09-09-2016, Gaudium Press) A situação de extrema violação da liberdade religiosa na Coreia do Norte voltou a ficar em evidência após o Batismo de 60 refugiados deste país na Coreia do Sul no dia 18 de junho. O informativo italiano ‘Tempi’ entrevistou três dos novos crentes e retratou a particular história daqueles que habitam um país no qual a religião continua proibida por lei. “Eu nem sequer sabia que havia algo chamado Deus”, relatou uma deles, Young-ae Kim, que referiu que somente ao chegar à China pode ouvir este conceito para ela revolucionário.

Três refugiados da Coreia do Norte encontram a Deus após deixar seu país.jpg

O Padre Raymond Lee, quem presidiu a emotiva celebração do sacramento do Batismo dos refugiados expressou sua preocupação pela realidade vivida na Coreia do Norte em matéria religiosa. “Há pessoas que foram encerradas no cárcere; inclusive alguém foi obrigado a olhar enquanto seus pais foram executados”, pregou o sacerdote. “Vocês passaram todo tipo de dificuldades e tem uma grande necessidade de amor. Lhes desejo o melhor agora que renascem no amor de Deus. Oro por sua felicidade”.

O processo de preparação dos novos católicos se iniciou em outubro de 2015, quando o Padre Lee estabeleceu o grupo de formação que se reuniu uma vez por semana. A mensagem do sacerdote era impossível de conhecer na Coreia do Norte. “Eu não cria em Deus porque não tinha nem ideia de que havia um Deus”, comentou Keum-ho Yoo, de 43 anos. Sua educação foi estritamente ateia e nunca conheceu um cristão até que fugiu do país por cansaço do regime. A única noção que tinha da religião era: “o que crê em uma religião pode ser despedido”.

Não foi fácil deixar a Coreia do Norte, já que foi repatriado desde a China em duas oportunidades. Durante uma de suas fugas escutou falar de Deus, assim que decidiu tentar orar em sua última tentativa. “Eu nunca o tinha feito antes e surpreendentemente minha tentativa de fuga foi conquistada”, comentou. “Se consegui escapar é por causa de Deus, é por isso que me converti ao catolicismo”. No entanto, relatou que sua educação anterior lhe fez difícil compreender certos conceitos religiosos, mas a experiência de caridade cristã da comunidade de católicos lhe impressionou de forma notável. “Toda minha conversão foi uma viagem de amor que me trouxe a Deus e a Fé de hoje me permite viver em paz comigo mesmo e ter uma esperança de vida”, concluiu. “Espero que o povo da Coreia do Norte viva um dia na liberdade e na paz”.

Nem todos os casos são de completa ignorância da existência de Deus. Sehyon Ahn, de 26 anos, que recebeu o nome cristão de Ângela, deixou seu país para poder estudar música e afirma que “sempre acreditou em sua existência e em ocasiões também orei”. No entanto, a primeira vez que pude conhecer de forma concreta sobre Jesus Cristo foi através de livros e filmes na Coreia do Sul e depois através do convite de um membro de um centro de apoio para refugiados conheceu a Igreja Católica. “Pude dizer que minha conversão foi uma viagem alegre, porque agora estou muito feliz e me sinto em paz”, expressou. “Incrivelmente, me parece que tudo vai bem”.

Young-ae Kim, Maria segundo seu nome cristão, não se adapta ainda completamente à cultura da Coreia do Sul, onde apesar de contar com a liberdade que nunca teve “não me agrada o excessivo individualismo e o egoísmo. Por isto encontrou também um lar na comunidade de crentes. “Estou impressionada pela comunidade de amor que é a Igreja. Nunca havia tido o desejo de servir aos demais, agora o faço e esta é a maior mudança que produziu em mim a Fé”, indicou.

O Padre Lee e os refugiados esperam ansiosamente o dia em que a Coreia do Norte se abra à Fé e possam levar a mensagem do Evangelho aos seus irmãos. “Eu espero que aconteça logo”, expressou Ângela, que não teme perder sua alegria quando voltar a estar em contato com o regime que a manteve sob seu domínio. “Através da oração, encontrei a força para perdoar”, concluiu. (GPE/EPC)

 
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